Segundo dados vindos a público hoje relativos ao regime geral da segurança social, em 2005 a idade média da reforma efectiva baixou para menos de 63 anos (contra a idade legal que é 65 anos) e a duração média das pensões de reforma aumentou para mais de 18 anos (21 anos, no caso das mulheres). Isto significa menos anos a contribuir para a segurança social e mais anos a viver à conta da segurança social. E esta equação tende a agravar-se, por efeito do aumento da longevidade. (É evidente que no regime da função pública a idade de reforma é ainda mais baixa, dado que o seu limite legal era até há pouco de 60 anos).
Ou as medidas já adoptadas pelo Governo nesta área -- fim dos regimes especiais de aposentação prematura e limitação das reformas antecipadas -- surtem efeitos, ou têm de ser tomadas medidas adicionais. A luta pela sustentabilidade da segurança social tem de ser uma prioridade. Mais vale prevenir do que remediar.