segunda-feira, 29 de maio de 2006

Correio dos leitores: "Farmácias"

«Tudo o que diz [sobre a reforma do regime das farmácias] é, evidentemente, verdade. Resta-me, no entanto, a sensação de que nos devíamos todos entusiasmar com as GRANDES conquistas, e esta é uma, mais do que chorarmos a ausência das conquistas ENORMES. Penso que o apoio (mais) claro e explícito às medidas que forem sendo tomadas será motivador para novas reformas.
É verdade que a ANF limitou algumas perdas, mas também é verdade que apanhou algum chumbo grosso, o que já motivou o (re)aparecimento de vozes críticas no seu âmbito de influência. A convicção de que a intocabilidade está posta em causa vai motivar os ataques quer por parte dos radicais favoráveis à defesa da sua "coutada", quer dos que, favoráveis a uma maior liberalização, verificam que o caminho começa a ser percorrido. Não me parece, portanto, que João Cordeiro se sinta "de parabéns". Será que o que agora conseguiu é mais do que o que perdeu?
Quanto à acumulação de até 4 farmácias, não vejo porque não. A SONAE tem mais hipers que isso. Aliás, penso a limitação da propriedade deveria caber à Autoridade da Concorrência. Não sei, até, se a limitação a 1 única farmácia era cumprida. É que existem sempre os testas de ferro, e a concorrência não negligenciável dos farmacêuticos filhos de proprietários de farmácias.»

Manuel Costa

Comentário
Também concordo com a acumulação de até 4 farmácias; o que penso é que o alargamento só deveria ocorrer no contexto da liberalização da instalação de farmácias. Mantendo-se o racionamewnto, não vejo motivo para modificar o actual regime, mesmo que haja situações ilegais de acumulação.