quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Correio dos leitores: Ainda o caso de Setúbal

«(...) Na minha opinião, não devemos quer para as autarquias o que não queremos para a Assembleia da República e para o Governo, em cujos cargos não é bem vista a "desobediência" partidária dos deputados e dos ministros, respectivamente. Lembram-se do caso do antigo deputado do PSD Carlos Macedo, que entrou em ruptura com o primeiro Governo de maioria de Cavaco Silva? Por outro lado, os eleitores não votam na figura do Primeiro-Ministro nem na do presidente da Assembleia da República...
O facto de a figura do presidente da Câmara ter que ser, obrigatoriamente, o cabeça da lista do partido mais votado, ao invés do que acontece para as Assembleias Municipais, já é uma "via presidencialista" dos Executivos municipais. Aliás, os autarcas que não se revejam nos partidos que os elegeram têm a possibilidade de concorrem em listas independentes, como aconteceu, recentemente, em Felgueiras, Gondomar, Oeiras e em Amarante.»

José Carlos Pereira (Felgueiras)