Li e reli o artigo de Ana Sá Lopes no DN de 11.8.06, «A escapadela».
Inspirando-me no Vital, poderia dizer até que gostava de o ter escrito. Mas não digo: prefiro aguardar que o país volte da época balnear.
Esperarei pelo tempo em que os governantes deverão explicar na AR o que é «material bélico não ofensivo» e o que são os respectivos "componentes", de como temos serviços inteligentes diligentes, capazes de verificar a não ofensividade até à mais ínfima porca, e de como, sobretudo, assim se avantajam os "superiores interesses da Nação", para não dizer que assim se protegem os portugueses contra todo o tipo de maleitas, incluindo as pregadas pelos mais malvados «islamitas fascistas» no rol do Presidente W. Bush.
Entretanto, convém ir lendo a imprensa dos fornecedores e dos clientes do dito material bélico, não ofensivo e não só. Como o artigo ontem publicado no New York Times «Israel Asks US to Ship Rockets With Wide Blast», que começa assim:
«Israel has asked the Bush administration to speed delivery of short-range antipersonnel rockets armed with cluster munitions, which it could use to strike Hezbollah missile sites in Lebanon, two American officials said Thursday.
The request for M-26 artillery rockets, which are fired in barrages and carry hundreds of grenade-like bomblets that scatter and explode over a broad area, is likely to be approved shortly, along with other arms, a senior official said.
But some State Department officials have sought to delay the approval because of concerns over the likelihood of civilian casualties, and the diplomatic repercussions. The rockets, while they would be very effective against hidden missile launchers, officials say, are fired by the dozen and could be expected to cause civilian casualties if used against targets in populated areas.»