Na sua mensagem de Natal o primeiro-ministro deixou entender pela primeira vez que o défice orçamental vai ficar este ano abaixo dos 3% -- quando o objectivo era ficar pelos 3,4% -- e que o crescimento do PIB vai ficar próximo dos 2%, superando também o objectivo de 1,8%.
Confirmam-se assim os bons indícios sobre o desempenho económico e financeiro do ano em vias de terminar. Não fossem as incertezas que pesam sobre o contexto económico do ano que vem (crise financeira internacional, preço do petróleo, valorização do euro, subida da taxa de referência do BCE), o Governo bem podia começar a pensar em atenuar a pressão sobre a receita (nomeadamente descendo o IVA) e sobre a despesa (sobretudo o investimento público).
Assim, porém, tem de se resguardar de qualquer surpresa...