Para além da sua dimensão económica, os transportes colectivos têm desde sempre uma dimensão de serviço público, pelas suas vantagens sociais e ambientais (esta especialmente no caso dos transportes ferroviários). É por isso que os transportes colectivos beneficiam em geral de um financiamento público, a título de "indemnização de serviço público".
Essa dimensão de serviço público não pode ser ignorada no caso do transporte ferroviário, incluindo a nova rede de TGV em bitola europeia. De outro modo, se se contabilizassem somente as despesas e as receitas efectivas, teriam de ser encerradas várias das actuais ligações ferroviárias no activo, bem como os transportes colectivos de Lisboa e do Porto, que vivem em grande parte à conta do orçamento do Estado...