quinta-feira, 21 de julho de 2011

À bruta

Ao longo dos anos fui denunciando sozinho -- por último aqui -- a bomba-relógio financeira dos transportes colectivos de Lisboa e do Porto, com permanentes défices de exploração e a acumulação sistemática de dívida, produto de uma política tarifária irresponsável, de custos incomportáveis e de planos de investimento lunáticos.
Era evidente a necessidade de revisão das tarifas de modo a equilibrar a conta de exploração. Mas também era razoável esperar uma actualização faseada das tarifas. Ao subir as tarifas em 15% de uuma vez, o Governo PSD/CDS segue o lema que já nos habituou: fazer as coisas à bruta. Segue a máxima maquiaveliana de que o mal se deve fazer todo de uma vez...

Aditamento
Apesar da minha insistência ao longo dos anos, nunca consegui convencer nenhum Governo (nomeadamente os de José Sócrates) da insustentabilidade dos verdadeiros cancros financeiros representados pelas SCUT e pelos transportes colectivos de Lisboa e do Porto (mais o descomando financeiro do SNS depois da saída de Correia de Campos). Também é verdade que nunca vi o PSD fazer disso nenhuma questão...