quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A Grécia e a UE: quanto pior, melhor


Estou em Miami, a caminho da Nicarágua (missão europeia de observação eleitoral), a ver Zbignew Brezynski comentar na MSNBC a crise sobre a crise que caiu no colo do G20, aparentemente resultante da decisão grega de avançar para um referendo.
Brezynski explica: a crise sobre a crise já lá estava, só foi destapada pela iniciativa grega. E a razão dela é a UE não ser uma verdadeira União federal, apenas uma confederação, sem políticas para sustentar solidariamente e devidamente o euro.
Brezynski comenta: a iniciativa do referendo grego tem o mérito de deixar a nu o problema e focar os lideres europeus no que importa. Porque se os gregos decidirem rejeitar o que a UE lhes impõe, sabendo que a alternativa é a bancarrota e a saída do euro, os outros europeus não ficarão aliviados: a saída da Grécia será a derrocada do euro e o esboroamento da UE. "The worst the better, then".