Continua a correr em Portugal e noutros países da UE uma petição para a criação de um rendimento básico incondicional (RBI), de âmbito universal. Ou seja, um rendimento mínimo garantido para toda a gente e sem exclusões nem condições.
Se o tal RBI tivesse o modesto valor de 5 000 euros por ano, o seu custo, multiplicado por mais de 10 milhões de portugueses, iria para cima de 50 000 milhões de euros por ano! Onde é que se iria buscar esse dinheiro, eis a pergunta de mil milhões
Parece que em Portugal o número de assinantes já vai em mais de 5 000. Como é que neste pais e neste momento há tantos cidadãos que assinam uma proposta política e financeiramente tão irresponsável, isso ultrapassa qualquer explicação racional.
Há pouco tempo, os suíços rejeitaram em referendo essa proposta. Desconfio que em Portugal, se tal referendo fosse possível (felizmente, não é!), ele seria aprovado!
[revisto]
Adenda
Pergunta um leitor porque é que não pode haver referendo sobre essa matéria em Portugal. A resposta é: porque a Constituição sensatamente exclui referendos sobre matérias de incidência orçamental, fiscal ou financeira. Ainda bem!