Eis mais uma contribuição da minha coautoria com José Domingues para um melhor conhecimento da Revolução Liberal de há dois seculos, que foi, acima de tudo, uma revolução constitucionalista, tendo por objetivo primordial a aprovação de uma constituição para o País, pondo fim à monarquia absoluta e ao seu despotismo político.
Nessa perspetiva, ninguém contribuiu doutrinariamente mais para esse empenho do que José Liberato, que, desde o seu exílio em Londres, à frente do seu periódico, O Campeão Português, procedeu a uma crítica demolidora do absolutismo e concebeu e apresentou publicamente, entre 1819 e 1821, um projeto constitucional assente na soberania da Nação, na separação de poderes, no papel essencial das Cortes e nas liberdades individuais, ou seja, as traves-mestras do moderno constitucionalismo. Até aqui pouco estudada, essa proposta do eminente conimbricense é agora objeto desta investigação aprofundada, que há muito merecia ter.
Editado pelas publicações da AR, o livro vai ser lançado publicamente na próxima sexta-feira, na Feira do Livro de Coimbra, pelas 15:00.