segunda-feira, 1 de novembro de 2004

A ira de Clara

Clara Ferreira Alves (CFA) ficou muito zangada com o que se disse e escreveu sobre a sua passagem pela novela do DN. Na sua Pluma Caprichosa de sábado, no Expresso, descarrega a sua irritação sobre meio mundo. A mim, que escrevi na segunda-feira passada um post humorístico sobre o assunto (ver abaixo), coube-me um pacote de qualificativos digno de respeito - machista, misógino, debochado e palhaço.

Vamos lá a ter calma. Bem sei que a hiper-susceptibilidade é uma das características distintivas da condição lusitana, mas não é preciso disparatar. Para que fique claro, sem ironias, nada me move contra a cor ou o corte do cabelo de CFA, nem contra a sua roupa ou o tom do baton. Vou até revelar uma fraqueza - gosto de a ver de todas as cores. E gosto de ler os seus textos, da sua atitude fresca e da sua postura universalista. Mas nada disso a furta à apreciação crítica dos seus comportamentos quando é a figura pública que está em causa. Ora, o papel de CFA na novela do DN não me convenceu, nem à generalidade do público. Continuo sem perceber o que fez CFA dar o dito por não dito. Ao que parece, teremos de esperar pelas suas Memórias.

Descontraia, CFA. E trate dos fantasmas.

Luís Nazaré