segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Angola

Só quem não acompanhe minimamente a situação política em Angola é que pode surpreender-se com a inequívoca vitória do MPLA nestas eleições, se bem que a sua expressão esmagadora, muito maior do que em 1992, tenha ficado além do previsto. É uma vitória tanto mais expressiva quanto se estendeu a todas a províncias, incluindo Cabinda, o que tem especial relevo para a coesão e unidade política nacional angolana.
Por sua vez, a UNITA sofreu um desaire eleitoral muito maior do que há 16 anos, tendo mesmo deixado de ser o segundo partido em várias províncias. Por muito que pese a algumas "viúvas de Savimbi" ressentidas que continuam a marcar a opinião sobre Angola entre nós, estas eleições constituem também a merecida punição póstuma pela cruel e destruidora guerra civil com que a UNITA tentou fugir à sua derrota eleitoral de 1992.
Aditamento
Depois das ONG angolanas, da missão da CPLP, da missão dos países da África Central foi agora a vez da missão de observadores da UE de declarar que as eleições foram livres e transparentes.