terça-feira, 22 de novembro de 2016

A UE face à repressão na Turquia

"Escandalosamente, Membros do PE estão a ser impedidos de visitar colegas parlamentares turcos postos na prisão: 10 do HDP, alem de 37 presidentes de Câmara de cidades curdas e milhares de jornalistas, juízes, professores e  funcionários, alegadamente ligados ao golpe de Julho.
A UE devia alarmar-se e alertar contra o assassínio em massa possivelmente em preparação de presos que Erdogan considera ligados ao Movimento Gülen: já 20 apareceram "suicidados", certamente para esconder vestígios de tortura. E já os media pro-governamentais relatam um plano de "fuga em massa" de prisioneiros - uma conveniente desculpa para os executar.
A UE deve abandonar qualquer pretensão de que as negociações de adesão ainda são possíveis com o regime repressivo de Erdogan na sua última louca deriva de poder. Vamos antes envolver-nos e apoiar todos aqueles corajosos homens e mulheres na Turquia que lutam por democracia e direitos humanos e resistem: não podemos ser amigos de um regime que brutalmente ataca os curdos e oprime o povo turco".

(Minha intervenção em debate plenário no Parlamento Europeu, esta tarde, sobre a situação na Turquia)