terça-feira, 22 de novembro de 2016

Aleppo, inferno na terra

"Vergonha é o que sinto, como europeia, por voltarmos a debater a Síria se nada se ter alterado: Aleppo, inferno na terra, confronta-nos com homens, mulheres e crianças cruelmente bombardeados, e escolas, hospitais, agentes humanitários e campos de refugiados deliberadamente atacados.
 O Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos pediu restrições ao veto dos P5 perante crimes de guerra, contra a humanidade ou genocídio, para ultrapassar a paralisia do Conselho de Segurança e levar os responsáveis pela carnificina na Síria ao Tribunal Penal Internacional. Porque não ouvimos a UE a secundar este apelo, Sra. Mogherini?
 UE e Estados-Membros têm sido incapazes de atuar estrategicamente, com sanções, corredores humanitários, "no-fly zones" ou o que quer que faça alguma diferença, permitindo assim a Putin ocupar o vazio e a grupos terroristas, como o Daesh, continuarem a massacrar o povo sírio, com consequências diretas também para a segurança europeia: quando vamos perceber que se não travarmos a guerra na Síria, estamos não apenas a fabricar mais refugiados, mas também a entregar gerações perdidas ao recrutamento terrorista?"
(Minha intervenção em debate plenário no Parlamento Europeu, esta tarde, sobre a situação na Síria)