segunda-feira, 12 de novembro de 2007

PSD (1)

Todos os domingos à noite torna-se evidente que o PSD não sofre de bicefalia na liderança, mas sim de tricefalia: L. F. Menezes, Santana Lopes... e M. Rebelo de Sousa.

domingo, 11 de novembro de 2007

Aeroporto (7)

Segundo o Público de hoje, a Rave -- a instituição pública para alta velocidade --, arrasa o "estudo da CIP" para o aeroporto em Alcochete na parte relativa à rede de de AV e às travessias do Tejo, evidenciando a sua "ligeireza" e os seus "erros crassos", quer na ideia de fazer passar a linha de AV por Alcochete (desviando a linha Lisboa-Porto para lá!), quer optando por um túnel sob o Tejo no eixo Beato-Montijo.
Como se tinha antecipado aqui, o celebrado "estudo da CIP" começa a afundar-se no ridículo. No entender da RAVE, «a solução da CIP [para a a AV] é péssima, é impossível e é mais cara». O que é estranho é que toda a imprensa tenha acolhido acriticamente as suas propostas, mesmo nas suas componentes mais bizarras (traçado da rede de AV, travessias do Tejo, estimativa de custos), como se fossem ouro de lei...
Aditamento - Se o pseudo-estudo da CIP é o que é quanto à rede ferroviária, poderá ele ser menos mau quanto ao aeroporto?!

É p'ra já!

«Deputado do PSD-M defende independência da Madeira».
É altura de acabar de vez com a chantagem "flamista", que Jardim utiliza sistematicamente contra as instituições da República. Declarem, pois, a independência. E quanto mais cedo melhor!

Norman Mailer

Com a morte de Norman Mailer desapareceu um grande "anti-americano".

História mal contada

«Portas mandou copiar 62 mil papéis do Ministério da Defesa».
É evidente que a explicação de Portas -- de que se tratava de "papéis pessoais" -- não é credível. Primeiro, porque ninguém acumula tal quantidade de documentos pessoais; segundo, porque não se vê razão nenhuma para Portas ter tantos documentos pessoais no Ministério; terceiro, porque não se percebe por que é que ele os mandou digitalizar justamente na véspera de abandonar o Governo; quarto, porque não não "cola" a explicação sobre as legendas dos dossiers ("Iraque", "submarinos", "confidencial", etc.).
Portas vai ter de encontrar explicação menos "coxa".

Aeroporto (7)

«Novo Aeroporto: Estudo da CIP esquece 1.700 M€ de custos»
Como aqui se tinha antecipado, as contas do estudo da CIP não batiam certo. Com omissões grosseiras como as apontadas, que credibilidade merece o dito estudo?

sábado, 10 de novembro de 2007

Sensacionalismo solar

Quase todas as semanas o semanário Sol brilha com uma manchete sensacionalista, como a última: «Há 415 pontes em estado grave».
Muitas vezes, têm um pequeno defeito: não correspondem à realidade. Mas o tabloidismo sensacionalista vende bem, como já se sabe há muito.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Oportunismo

Só por deslavado oportunismo -- alinhar com todos os protestos, tenham ou não razão -- é que se pode apoiar a reivindicação de restabelecimento do iníquo regime de benefícios fiscais para deficientes, em sede de IRS, que vigorou até ao ano passado e cuja vantagem era tanto maior quanto maior fosse o rendimento.
O regime agora em vigor é muito mais justo -- como mostrei aqui --, beneficiando a todos por igual, incluindo os que, não tendo rendimento para pagar IRS, não eram sequer contemplados no anterior regime.

Recrutamento de professores

Os sindicatos contestam o novo regime de recrutamento de professores do ensino pré-escolar e do ensino básico e secundário -- o qual prevê uma "prova de avaliação de conhecimentos e de competências" --, argumentando que isso põe em causa os seus títulos académicos e profissionais.
Mas não têm razão. Como empregador, o Estado tem todo o direito de definir as regras de selecção dos candidatos ao ensino público, sendo natural que utilize critérios exigentes, para escolher os melhores candidatos. E bem necessário eles são.
Evidentemente, isto nada tem que ver com os exames que certas ordens profissionais exigem à entrada nas correspondentes profissões liberais, pois aí o que está em causa é uma limitação da liberdade de profissão. Mas nenhum empregador, a começar pelo Estado, está impedido de estabelecer procedimentos de selecção dos profissionais que deseje contratar.

Fundamentalismo

«Cidadãos por Lisboa defendem zonas com limite máximo de 30 quilómetros/hora».
Com efeito, se já há em Lisboa limites de 50Km em troços sem peões, 30Km em zonas de peões até é demais!...

Um pouco mais de rigor sff.

Em entrevista na RTP2 Octávio Teixeira sustentou que a Estradas de Portugal tinha sido transformada em sociedade anónima "SA", sem exclusivo de capitais públicos, a fim de abrir o seu capital aos operadores privados. Ora, o diploma ontem publicado diz expressamente:
«1 — A EP - Estradas de Portugal, E. P. E., criada pelo Decreto -Lei n.º 239/2004, de 21 de Dezembro, é transformada em sociedade anónima de capitais públicos, com a denominação de EP — Estradas de Portugal, S. A.».
Assim se faz comentário político entre nós...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

De onde menos se espera

«Alegre condena "pressão fiscal" do Orçamento».
Como mostrei aqui, porém, a carga fiscal em Portugal fica bem abaixo da média da OCDE; além disso, a crítica a um alegado excesso da carga fiscal é um dos principais argumentos da direita contra o Estado social. Como quer Alegre que se consiga simultaneamente o equilíbrio das finanças públicas e o aumento das despesas sociais sem algum aumento da receita fiscal (aliás obtida em grande parte em vitude do sucesso da luta contra a fraude e a evasão fiscal)?!

"A ofensiva falhada contra o ensino público"

Tal é o título do meu artigo desta semana no Público, entretanto reproduzido na Aba da Causa.
Aditamento - Também coligi na Aba da Causa o meu artigo desta semana no Diário Económico, sobre a iniquidade do sistema fiscal.

Madrid silencia o Sahara Ocidental



"El pueblo saharaui reclama el respeto y la aplicación de la legalidad internacional, al igual que la inmensa mayoría del pueblo español (Encuesta-Barómetro del Real Instituto Elcano) y millones de ciudadanos informados de todo el mundo.
La consigna de nuestro Gobierno y de los intereses subyacentes es el silencio, como si el asunto fuera competencia de otros, de "terceros. "El silencio es oro" para muchos grandes negociantes, mientras se mantiene el statu quo a costa de los legítimos derechos del pueblo saharaui.
El Pueblo saharaui ha sido el gran olvidado y el gran traicionado en la "modélica" Transición española a esta democracia olvidadiza y cobarde con nuestros propios compromisos, obligaciones y promesas (...), a expensas de los más débiles
".
O texto acima é de uma carta assinada por milhares de cidadãos espanhóis e enviada aos eurodeputados espanhóis em finais de Setembro e, entretanto, circulada a outros deputados ao PE.
Não são só sucessivos governos em Madrid que fazem orelhas moucas aos apelos dos seus cidadãos que sentem que Espanha tem o dever de intervir, como Portugal interveio por Timor Leste, em defesa dos direitos do povo do Sahara Ocidental : o respeitável jornal "EL PAIS" negou-se a publicar um artigo denunciando a inacção de Espanha face às suas responsabilidades internacionais quanto ao Sahara Ocidental; a pretexto de "falta de espaço". O mesmo fizeram outros jornais e websites em Espanha.
O artigo "La legalidad internacional no es una utopía" pode ser lido em http://www.tlaxcala.es/, nas versões inglesa, francesa e italiana.
Leia e jude a difundir. Nós já derrubamos outros muros de silêncio.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Espanha ofende Marrocos, mas esquece o Sahara...


Os Reis de Espanha visitaram ontem e hoje Ceuta e Melilla, para grande ofensa e protesto do Governo e de muitos cidadãos marroquinos.
Suspeito que com ofensa e protestos semelhantes aos que uma visita da britânica Rainha Isabel II a Gibraltar provocaria nos "nuestros hermanos"!...
Nas vinte e quatro horas que passei em Madrid, entre ontem e hoje, embatuquei alguns colegas socialistas espanhois ao perguntar se afinal já não se aplicava a "grande" justificação que costumam invocar para não exigirem que o Estado espanhol assuma as responsabilidades que lhe cabe em relação ao Sahara Ocidental, tal como Portugal assumiu em relação a Timor Leste. A justificação habitualmente utilizada é que "Espanha não se pode dar ao luxo de ter uma disputa com Marrocos": está demasiado perto, tem muitos emigrados em Espanha e Espanha tem lá demasiados e poderosos interesses...
Pelos vistos, Ceuta e Melilla já valem bem a disputazinha!

Enfim, perdido por cem, perdido por mil: vamos esperar que agora que as coisas se toldaram, Madrid se afoite a cumprir as suas obrigações em relação ao povo oprimido da antiga colónia do Sahara Ocidental.

Notas a Vasco Graça Moura

Vasco Graça Moura respondeu hoje no Diário de Noticias ao meu post de há dias sobre um anterior artigo seu, tudo sobre o referendo do Tratado de Lisboa.
Importa esclarecer alguns pontos:
1. Numa democracia representativa, as decisões políticas devem ser tomadas, por defeito, pelo Parlamento, sendo o referendo um procedimento excepcional de decisão, que carece de forte justificação. Quem tem de se justificar é quem deseja referendos e não quem os não quer. Por isso, a pergunta "Quem tem medo do referendo?" só merece como resposta uma contrapergunta: "Quem não confia na democracia representativa?"
2. Penso que constitui uma instrumentalização do referendo o facto de ele ser exigido só porque se discorda de alguma decisão e se quer "chumbá-la" por via popular contra a maioria parlamentar que a apoia.
3. O compromisso político (do PS e do PSD) de realizar o referendo referia-se ao Tratado Constitucional, não podendo ser esgrimido em relação ao Tratado de Lisboa, que tem uma diferente natureza jurídica e distinto alcance político.
4. Evidentemente, sob o ponto de vista constitucional, o Tratado de Lisboa é referendável. Mas nem tudo o que pode ser referendado deve sê-lo, sobretudo quando tal se afigure politicamene impertinente ou descabido, como é, a meu ver, o caso.
5. Não concordo nada com a afirmação de que a integração de Portugal na UE é hoje uma questão incontroversa, parecendo-me evidente que há "soberanistas" à direita e à esquerda que nunca se conformaram com a integração e que aproveitam cada novo Tratado para reactivar essa hostilidade. Muito gostaria de saber como é que o PCP (e não só...) votaria num referendo sobre essa questão...

Lutar civilizadamente contra o terrorismo


Ontem o Grupo Socialista do Parlamento Europeu reuniu extraordinariamente em Madrid. E quase todos os seus membros prestaram homenagem vítimas dos atentados terroristas de 11 de Março de 2004, junto ao Memorial erguido entretanto frente à estação ferroviária de Atocha. Nesses atentados foram mortas 191 pessoas e feridas 1800.
Não há dúvida que o terrorismo é, hoje, uma das principais ameaças à nossa segurança. Mas esta é acima de tudo uma luta política, em que é fundamental que as democracias não confundam justiça com vingança, ou firmeza com falta de escrúpulos.
Visitámos Atocha uma semana depois de o sistema judicial espanhol ter dado uma lição ao seu congénere americano (entre outros) no que diz respeito ao combate contra o terrorismo dentro dos limites do Estado de direito.
No dia 31 de Outubro 28 réus ligados ao terrível atentado de Madrid ouviram as suas sentenças num tribunal espanhol. 21 foram condenados a penas entre 3 e 40 anos (o máximo possível) e 7 ilibados.
Claro que o veredicto não põe um ponto final à acção da Justiça sobre o bárbaro crime. Não há certezas sobre a autoria moral do atentado e o nível de intervenção da Al Qaeda. O Ministério Público espanhol já decidiu recorrer da absolvição daquele que é considerado o mentor dos atentados terroristas: erros de tradução de escutas e na deliberação da sentença (descritos pelo El País de ontem) aparentemente justificam o recurso. O parlamento espanhol está a considerar nova legislação que altera o ónus da prova em casos de terrorismo.
Tudo isto, as incertezas, os erros, os recursos, a adaptação (na medida do razoável) da legislação nacional a novos desafios e ameaças é normal e reflecte as limitações e imperfeições do sistema judicial de qualquer democracia.
Mas as democracias só podem combater eficazmente o terrorismo dentro dos limites dos sistemas judiciais nacionais e do Direito internacional. Caso contrário, capitularão moralmente e darão a vitória política aos terroristas, adoptando os seus métodos.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Mais medidas de "destruição do SNS"...

«O primeiro-ministro anunciou hoje a ampliação dos cuidados do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que integrará pela primeira vez programas nacionais de saúde oral, de vacina contra o colo do útero e de apoio à procriação medicamente assistida».
Como se vê, dando razão à oposição, o Governo continua apostado em "aniquilar o SNS"!

Antologia do anedotário político

«O governo desta ditadura socratiana da burguesia, de fachada democrática, está progressivamente a desenvolver uma política em que, na dialéctica do processo, despontam já matizes neofascistas» (Miguel Urbano Rodrigues, via Água Lisa).
Há uma vertigem a que os comunistas raramente resistem: considerar o PS como o principal inimigo...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Há duas maneiras...

...de reagir aos despautérios ofensivos da nossa pessoa ou da nossa condição. Uma é ignorá-los e desprezá-los, outra é denunciá-los e condená-los. Pessoalmente, costumo optar pela primeira; mas não posso deixar de me solidarizar com Francisco J. Viegas na sua opção pela segunda.

"Rebaldaria"

Existe alguma evidência pública e notória que autorize alguém de boa fé a referir-se a uma «generalizada rebaldaria que grassa nas escolas públicas do país»?
Assim se faz comentário político em revistas de referência entre nós!...

Antologia do dislate político

«A América e a democracia liberal são os novos inimigos da esquerda».
Há uma coisa que a direita nunca perde: a tendência para inventar o que lhe convém para a esquerda.

Escolas públicas e privadas

Ainda sobre a comparação entre as escolas privadas e as públicas, merecem leitura estes dois posts de J. Vasconcelos Costa, aqui e aqui.

A "esquerda do PS"

Não tenho que me imiscuir num debate político intra-PS, a que sou alheio, e cujos "códigos pessoais" desconheço. Mas não posso deixar de sentir alguma perplexidade com a explícita acusação de J. Medeiros Ferreira a uma alegada «produção legislativa contra o edifício frágil da segurança social».
Se Medeiros Ferreira se estava a referir, como parece, à reforma da segurança social, entendo eu que se tratou de uma reforma genuinamente de esquerda, por três razões fundamentais: primeiro, porque salvou a segurança social da previsível bancarrota, assegurando a solvência financeira do sistema público de pensões para muitas décadas; segundo, porque as soluções adoptadas são em geral justas e equitativas (formação do valor da pensão de acordo com os contribuições efectuadas, convergência do sistema de pensões do sector público, etc.); terceiro, porque a reforma rejeitou decididamente a alternativa liberal do PSD, de aposta num sistema de capitalização individual e de privatização da segurança social.
Se há sectores onde as acusações de "políticas de direita" e de "neoliberalismo" são pura retórica politiquira, entre eles conta-se seguramente o da segurança social.

domingo, 4 de novembro de 2007

Referendo (9)

A reforma constitucional venezuelana promovida pelo Presidente Chávez -- que, entre outras coisas, instaura um "Estado socialista" e suprime o limite dos mandatos presidenciais (cuja duração passa para sete anos) -- vai ser submetida a referendo depois de ter sido aprovada pelo Parlamento. Ninguém duvida de que o referendo confirmará esmagadoramente a nova Constituição.
Há circunstâncias em que os referendos ratificam tudo o que for preciso...

Referendo (8)

Há quem exiba como argumento a favor do referendo do Tratado de Lisboa os inquéritos de opinião que revelam confortáveis maiorias a favor da sua realização.
Ora, nesta matéria convém ter em conta alguns dados da sociologia política, a saber: (i), quando solicitada, a generalidade das pessoas é normalmente a favor do referendo de qualquer questão politicamente controversa (mesmo do Regulamento de Disciplina Militar, se estivesse na agenda política...); (ii) a opinião a favor do referendo de certa questão não garante nenhuma firme intenção de participar no mesmo; (iii) por vezes, em vez de emprestar maior legitimidade democrática à decisão, o referendo pode comprometê-la, se a participação eleitoral for excessivamente baixa.

Código Deontológico dos Médicos

Já se encontra publicamente disponível o parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República sobre a inconstitucionalidade e ilegalidade do Estatuto Deontológico da Ordem dos Médicos, especialmente na parte em que considera "falta disciplinar grave" a prática de aborto, sem qualquer discriminação.
Fica assim demonstrada a total falta de fundamento das críticas à determinação do Ministro da Saúde para a correcção do referido Código, que lhe foram movidas pela própria Ordem e por alguns comentadores menos informados sobre a matéria.
A questão-chave está em que a OM é um organismo público com jurisdição oficial sobre todos os médicos, pelo que não pode considerar ilícito aquilo que é legal para todos os médicos. Obviamente, nada impede uma associação privada e voluntária de médicos de considerar deontologicamente censurável o aborto, pois isso só os obriga moralmente a eles, e não legalmente a todos.

Aeroporto (6)

O mirífico estudo da alternativa Alcochete, apresentada pela CIP, começa a ser desacreditado pelos especialistas. Segundo o Expresso, «Pedro Malato, especialista em túneis, contesta a proposta de travessia subaquática do Tejo:"O túnel Beato-Montijo teria de ter 20 km e não 5,7km, como vem na proposta, e fica em zona de difícil construção". Um túnel é mais caro que uma ponte e a da proposta do Governo (Chelas-Berreiro) tem 7 km».
Lá se vão as imaginosas poupanças de custos do tal projecto, que à partida parecia "galinha gorda por pouco dinheiro"...

Aeroporto (5)

Segundo os autores, a solução do aeroporto em Alcochete custaria, tudo incluído (aeroporto, desvio do TGV, pontes e túneis no Tejo), na casa dos seis mil milhões de euros, ainda assim mais barato em um terço -- dizem eles -- do que a solução Ota, que custaria na casa dos nove mil milhões, na sua estimativa.
Ora, se a estimativa do aeroporto na Ota era até agora de cerca de três mil milhões, onde é que os imaginosos propagandistas de Alcochete foram buscar mais seis mil milhões, sendo certo que a Ota não precisa nem de novas travessias do Tejo nem de custosos acessos rodoviários e ferroviários (que já lá estão, como as auto-estradas, ou vão por lá passar independentemente do aeroporto, como o TGV)?

Correio da Causa: "Conspiração de silêncio"

«Não é necessária grande investigação para saber porque é que os meios de comunicação participam na "conspiração de silêncio" a que V/ se referiu a propósito do mistério os financiadores do estudo da CIP sobre Alcochete. Alguns jornais pertencem a grupos interessados que provavelmente se encontram entre os financiadores, como o Público (Sonae), que dedicou várias páginas a esse estudo. Outros órgãos de comunicação dependem da publicidade que as empresas da CIP garantem, em particular as que são accionistas da Lusoponte, como a poderosa Somague. (...)
Branco é, galinha o põe!»

André B.