terça-feira, 4 de maio de 2004

Compagnon de Rute

A Rute era uma das pessoas mais próximas de mim. Perdi-a no meio de uma intriga absurda que nunca cheguei a perceber donde veio, como começou ou quem a criou. Deixámos de ser amigos de um dia para o outro, sem explicação.
Passaram (e passam) 5 anos sem a ver.
Não posso dizer - sequer - que sinta a falta dela, tal a forma como cortámos relações. Mas ontem, por um absurdo da vida, conheci acidentalmente uma pessoa íntima da minha ex-amiga.
Contou-me que ela acabou o curso, voltou para o Alentejo, prepara-se para entrar para a PJ. Fico estranhamente feliz. Um, dois, três. Numa frase, a desconhecida resumiu os 3 sonhos simples que a Rute acalentava. E que referia, vezes sem conta, nas demasiadas horas difíceis que a vida lhe deu. Realizou-os todos. E eu, a contas com os meus desejos por concretizar e as metas que os amigos próximos continuam a perseguir, não pude evitar uma imensa felicidade pelo presente de uma amiga que nunca mais terei.