Não se vislumbra nenhum argumento convincente contra a consolidação dos numerosos hospitais militares. Pelo contrário: não somente por razões financeiras, mas também para a melhoria da qualidade dos cuidados prestados. Já se fez o mesmo com os institutos de ensino superior militar, com as vantagens inerentes.
Portugal gasta demais com as forças armadas, devendo fazer economias onde há duplicações e desperdícios, como sucede com os hospitais militares. E não faz sentido fazer concentrações nas escolas e no sistema de saúde do SNS e manter estruturas fragmentadas e corporativas no sector militar.
Blogue fundado em 22 de Novembro de 2003 por Ana Gomes, Jorge Wemans, Luís Filipe Borges, Luís Nazaré, Luís Osório, Maria Manuel Leitão Marques, Vicente Jorge Silva e Vital Moreira
domingo, 29 de abril de 2007
Ota (13)
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Vital Moreira
Num artigo no "Expresso", um professor de economia do Porto argumenta, em nome dos interesses da TAP, contra a construção de um novo aeroporto de Lisboa, preferindo a solução "Portela+1" (entretanto, totalmente desacreditada). A verdade é que a TAP já se pronunciou várias vezes pela necessidade, quanto mais depressa melhor, de um novo aeroporto, considerando boa a solução da Ota.
Pelos vistos, há quem tenha melhor conhecimentos dos interesses da TAP do que a própria empresa! A oposição do Porto ao novo aeroporto de Lisboa, sobretudo contra a solução Ota, supondo que este vai contra os interesses do Norte, é verdadeiramente patética!
Pelos vistos, há quem tenha melhor conhecimentos dos interesses da TAP do que a própria empresa! A oposição do Porto ao novo aeroporto de Lisboa, sobretudo contra a solução Ota, supondo que este vai contra os interesses do Norte, é verdadeiramente patética!
TVI
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Vital Moreira
Um dos argumentos contra a nomeação de Pina Moura para a administração da Media Capital é a falta de ligação à indústria. Mas nas demais empresas de comunicação social, públicas e privadas, quantos administradores é que eram oriundos dos media?
Aditamento
Para as ligações entre os media e a política (de direita) ver este pequeno inventário.
Aditamento
Para as ligações entre os media e a política (de direita) ver este pequeno inventário.
TVI
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Vital Moreira
No Expresso, Fernando Madrinha protesta contra o facto de uma estação de televisão, outrora atribuída à Igreja, acabe nas mãos de um "grupo espanhol amigo do PS". Mais pertinente teria sido ver o comentador protestar contra o mais "martelado" concurso de atribuição de canais de televisão, que deu um canal à Igreja (amiga do então partido do poder) e o outro ao presidente do então partido no poder. Tudo em família!
sexta-feira, 27 de abril de 2007
Centenário da República
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Vital Moreira
O Relatório da Comissão de Projectos para as Comemorações do Centenário da República, que por lapso foi inicialmente divulgado numa versão incompleta, já está disponível na sua versão integral, incluindo o anexo que faltava.
Ao revés
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Vital Moreira
Julgo que é esta a quarta vez que Portugal é condenado pelo Tribunal Europeu de Direitos do Homem, por violação da liberdade de imprensa, em razão da errada condenação judicial de supostos abusos de liberdade de imprensa.
Normalmente, quando pensamos em violação das liberdades, pensamos no poder e nas polícias; e quando pensamos nos garantes das liberdades, pensamos logo nos tribunais. Mas é em Portugal não é bem assim. Em vez de serem os guardiões das liberdades, alguns dos nossos juízes actuam como violadores das mesmas...
Normalmente, quando pensamos em violação das liberdades, pensamos no poder e nas polícias; e quando pensamos nos garantes das liberdades, pensamos logo nos tribunais. Mas é em Portugal não é bem assim. Em vez de serem os guardiões das liberdades, alguns dos nossos juízes actuam como violadores das mesmas...
De regresso à segregação racial?
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Vital Moreira
A notável integração racial das escolas públicas norte-americanas, meio século depois da histórica decisão do Supreme Court, Brown v Board of Education, de 1954, que pôs fim à segregação racial oficial nas escolas, deveu-se essencialmente a políticas de "affirmative action", tendentes a obter um "racial balance" em cada escola.
Essa política activa de integração racial pode estar porém em risco, se o Supremo Tribunal der provimento a duas queixas contra a "acção afirmativa", por alegada violação dos direitos dos alunos brancos que ficam sem vaga para dar prioridade aos alunos de cor. Esse risco é devido aos dois novos juízes ultraconservadores escolhidos por Bush para alterar a jurisprudência do Tribunal em temas como o aborto e a "acção afirmativa".
Será que, embora perdendo em quase tudo o resto (incluindo a Guerra do Iraque), ele conseguiu mesmo alcançar um dos mais desejados objectivos?
Essa política activa de integração racial pode estar porém em risco, se o Supremo Tribunal der provimento a duas queixas contra a "acção afirmativa", por alegada violação dos direitos dos alunos brancos que ficam sem vaga para dar prioridade aos alunos de cor. Esse risco é devido aos dois novos juízes ultraconservadores escolhidos por Bush para alterar a jurisprudência do Tribunal em temas como o aborto e a "acção afirmativa".
Será que, embora perdendo em quase tudo o resto (incluindo a Guerra do Iraque), ele conseguiu mesmo alcançar um dos mais desejados objectivos?
A pessoa certa...
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Vital Moreira
Há para aí muita gente que tentou desvalorizar, injustamente, o seu desempenho como Presidente da República. Mas a nomeação de Jorge Sampaio como Alto Representante das Nações Unidas para o Diálogo das Civilizações constitui um justo reconhecimento das seus atributos de homem de Estado, de intelectual e de humanista.
Arguidos a mais
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Vital Moreira
Não é por nada, mas já são arguidos a mais no caso Bragaparques. E o que é demais cheira mal.
É que é preciso MUITO dinheiro para tanta alegada corrupção! Um vereador e um director de serviços, vá lá (é o usual). Mas dois vereadores e o próprio presidente da câmara, todos juntos, já parece francamente de mais.
Ou a famosa negociata dos terrenos do Parque Mayer valia mesmo uma "pipa de massa", ou a câmara municipal de Lisboa virou uma ousada conspiração venal, ou algo precisa de ser melhor explicado...
É que é preciso MUITO dinheiro para tanta alegada corrupção! Um vereador e um director de serviços, vá lá (é o usual). Mas dois vereadores e o próprio presidente da câmara, todos juntos, já parece francamente de mais.
Ou a famosa negociata dos terrenos do Parque Mayer valia mesmo uma "pipa de massa", ou a câmara municipal de Lisboa virou uma ousada conspiração venal, ou algo precisa de ser melhor explicado...
quinta-feira, 26 de abril de 2007
"Skingirls"
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Vital Moreira
Na entrevista publicada ontem no suplemento P2 do Público do autor do Diário de um Skinhead, que acaba de ser publicado em Portugal, pode ler-se este excerto:
R. (...) Há em Lisboa uma delegação da Unidade das Mulheres Arianas e outra das Mulheres Honradas. São muito activas, têm sites na net e editam uma revista, para raparigas, onde abordam temas racistas. (...) Praticam muita acção social, que é uma faceta pouco conhecida.Obviamente, qualquer semelhança desta informação com alguns aspectos mais radicais da recente campanha do referendo da despenalização do aborto entre nós é pura coincidência...
P. Acção social?
R. Sim, campanhas de solidariedade, desde a recolha de assinaturas para a protecção do lince ibérico até voluntariado em asilos de terceira idade. De velhos brancos, claro. Têm três núcleos de preocupação: os imigrantes que chegam das antigas colónias africanas e do Brasil, os homossexuais e o aborto. As "skingirls" estão muito concentradas em todos os factores que façam nascer menos meninos brancos. (destaque acrescentado)
Gente chique
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Vital Moreira
Excerto de uma peça de ontem do Público sobre as eleições francesas:
Bem se entende porquê...
«No coração da alta-costura e do mercado da arte em Paris, as pessoas circulam apressadas, sem tempo para falar de política. Neste bairro chique em volta do Palácio do Eliseu não há espaço para dúvidas.É evidente que isto não tem qualquer lugar no discurso ideológico de direita, que sustenta, com ar sério, que hoje em dia deixou de haver relação entre condição social e opção política, ou razão para a distinção entre direita e esquerda.
"Aqui toda a gente é pró-Sarkozy. As pessoas são ricas. As políticas sociais não mudam em nada as suas vidas. Não falam disso", diz Léon Taieb, dono da boutique de moda "à Fragonard" (...)»
Bem se entende porquê...
"Em nome de paisagens quase desaparecidas"
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Vital Moreira
No segundo volume da excelente série de livros editada pelo Público sobre as árvores e as florestas nacionais - volume dedicado às florestas de carvalhos, com capítulos próprios dedicados às espécies cerquinho, negral e roble --, assinala-se que os carvalhais diminuíram 9 por cento, em termos de área ocupada, nos últimos 10 anos e que em pouco mais de 20 anos desapareceram mais de 40% dos cercais (bosques de cerquinhos).
Em contrapartida, qual foi o crescimento dos eucaliptais no mesmo período de tempo?
Há-de vir um tempo em que todos seremos responsabilizados por estes gravíssimos atentados contra natureza, o meio ambiente e a paisagem!...
Em contrapartida, qual foi o crescimento dos eucaliptais no mesmo período de tempo?
Há-de vir um tempo em que todos seremos responsabilizados por estes gravíssimos atentados contra natureza, o meio ambiente e a paisagem!...
O efeito Portas (2)
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Vital Moreira
Pelos vistos, quem ficou nervoso com a entrada de Portas na liça politica foi o PSD, que resolveu antecipar a possível agenda do novo líder do PP. Radicalizando um tema que o PSD lançou há tempos, para tentar suprir a falta de vigor oposicionista, o seu orador na cerimónia parlamentar comemorativa do 25 de Abril insistiu na rábula do controlo governamental da informação.
O caso é verdadeiramente patético, dado que porventura em nenhum momento desde o 25 de Abril, algum Governo terá tido menos possibilidade de influenciar a agenda mediática e a orientação dos órgãos de comunicação social. Na verdade, não existe um único jornal nacional alinhado com o Governo; nas televisões, ele não controla nem influencia nenhuma estação privada, e a televisão pública mantém a administração e a direcção de informação do tempo do governo anterior (ou seja, do PSD). Na rádio, o panorama é o mesmo.
Pelo contrário, o que se nota cada vez mais é a sujeição dos media à lógica do poder económico que os detém. E essa não é claramente favorável ao Governo.
Além disso, como lembrou Vicente Jorge Silva (por sinal, saneado do novo Diário de Notícias), quem, como o PSD, coonesta a situação da informação na Madeira não tem a mínima legitimidade para censurar um pretenso controlo governamental a nível nacional.
O caso é verdadeiramente patético, dado que porventura em nenhum momento desde o 25 de Abril, algum Governo terá tido menos possibilidade de influenciar a agenda mediática e a orientação dos órgãos de comunicação social. Na verdade, não existe um único jornal nacional alinhado com o Governo; nas televisões, ele não controla nem influencia nenhuma estação privada, e a televisão pública mantém a administração e a direcção de informação do tempo do governo anterior (ou seja, do PSD). Na rádio, o panorama é o mesmo.
Pelo contrário, o que se nota cada vez mais é a sujeição dos media à lógica do poder económico que os detém. E essa não é claramente favorável ao Governo.
Além disso, como lembrou Vicente Jorge Silva (por sinal, saneado do novo Diário de Notícias), quem, como o PSD, coonesta a situação da informação na Madeira não tem a mínima legitimidade para censurar um pretenso controlo governamental a nível nacional.
O efeito Portas
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Vital Moreira
Pode haver a tentação do Primeiro-Ministro para privilegiar o debate com Portas, sobretudo nos debates parlamentares, só para desvalorizar e humilhar (ainda mais) Marques Mendes.
Julgo, porém, que seria um erro. Primeiro, o PSD é o principal partido da oposição e o natural candidato ao poder; segundo, as regras democráticas aconselham que o chefe do Governo tome como seu verdadeiro adversário o líder da oposição e não o chefe de um partido menor; terceiro, a melhor maneira de responder à ânsia de protagonismo de que Portas deve estar possesso deve ser "não lhe dar troco".
Aguardemos a opção de Sócrates no debate parlamentar mensal desta semana.
Julgo, porém, que seria um erro. Primeiro, o PSD é o principal partido da oposição e o natural candidato ao poder; segundo, as regras democráticas aconselham que o chefe do Governo tome como seu verdadeiro adversário o líder da oposição e não o chefe de um partido menor; terceiro, a melhor maneira de responder à ânsia de protagonismo de que Portas deve estar possesso deve ser "não lhe dar troco".
Aguardemos a opção de Sócrates no debate parlamentar mensal desta semana.
quarta-feira, 25 de abril de 2007
Janela de esperança...
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Vital Moreira
... para Sègolène Royal. Primeiro, François Bayrou não deu indicação de voto em Sarkozy, de quem se demarcou, e anunciou mesmo a criação de um novo partido, o Partido democrata, num evidente passo em direcção à criação de uma força equidistante entre a esquerda e a direita; segundo, uma sondagem eleitoral revela uma preferência da maioria dos votantes de Bayrou pela candidata socialista.
Sem serem decisivos, esses dados revelam porém que a disputa presidencial pode ser bem mais renhida do que a simples aritmética eleitoral deixava entender.
Sem serem decisivos, esses dados revelam porém que a disputa presidencial pode ser bem mais renhida do que a simples aritmética eleitoral deixava entender.
Aplauso...
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Vital Moreira
...para estas palavras do Presidente da República, hoje na Assembleia da República:
«Não me resigno nem me conformo na batalha pela qualidade da democracia portuguesa. Temos de deixar aos nossos filhos e aos nossos netos um regime em que sejamos governados por uma classe política qualificada, em que a vida pública se paute por critérios de rigor ético, exigência e competência, em que a corrupção seja combatida por um sistema judicial eficaz e prestigiado.Só é de esperar que no justo sublinhado destas importantes declarações do Presidente, os órgãos de comunicação social não omitam a referência aos «meios de comunicação social isentos e responsáveis», o que, infelizmente, é um bem mais escasso do que devia em Portugal.
Decorridos mais de trinta anos sobre a queda de um regime autoritário, Portugal deve pensar-se como democracia amadurecida. Uma democracia em que o escrutínio dos poderes esteja assegurado por meios de comunicação social isentos e responsáveis.
É urgente reinventar o espírito de cidadania, o que exige uma mudança da nossa cultura política. (...)
É necessário que os agentes políticos se empenhem mais na prestação de contas aos cidadãos, que os Portugueses conheçam e compreendam o sentido e os objectivos das medidas que vão sendo adoptadas, que exista clareza e transparência na relação entre o poder político e a comunidade cívica.
É preciso que exista uma clara separação entre actividades políticas e actividades privadas, que as situações de conflito de interesses sejam afastadas por imperativo ético e não apenas por imposição da lei.» (Destaques acrescentados.)
Double standards
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Vital Moreira
O mesmo Público que há pouco tempo deu honras de manchete de primeira página a um alegado "estudo" que advogava a localização do novo aeroporto de Lisboa na margem sul do Tejo remete hoje para uma remota página interior a notícia de que três conhecidas organizações ambientais (Quercus, Geota e LPN) se pronunciam contra essa localização, que consideram "inviável" ou "inaceitável".
Um pouco mais de rigor, pf.
Publicado por
Vital Moreira
Esta manchete do Público de hoje (estranha opção editorial para a edição de 25 de Abril...) dá a entender que os municípios podem doravante impor aos munícipes em geral um novo encargo destinado ao financiamento dos serviços municipais de protecção civil, o que seria um novo imposto.
Ora, não é disso que se trata. O que a lei permite é a criação de uma taxa, ou seja, uma contraprestação por serviços de protecção civil concretos, a que estarão sujeitos naturalmente apenas aqueles que recorram e beneficiem desses serviços. Pode seguramente discutir-se a razoabilidade de uma tal taxa por serviços de socorro em caso de incêndio, inundação, aluimento, etc. Mas não se deve confundir taxas com impostos.
Ora, não é disso que se trata. O que a lei permite é a criação de uma taxa, ou seja, uma contraprestação por serviços de protecção civil concretos, a que estarão sujeitos naturalmente apenas aqueles que recorram e beneficiem desses serviços. Pode seguramente discutir-se a razoabilidade de uma tal taxa por serviços de socorro em caso de incêndio, inundação, aluimento, etc. Mas não se deve confundir taxas com impostos.
Paul Wolfowitz: defeitos a mais
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AG
O Partido Socialista Europeu defende que só a demissão de Paul Wolfowitz do Banco Mundial pode salvar a reputação da instituição na luta contra a corrupção. A resolução sobre relações transatlânticas hoje aprovada na sessão plenária do Parlamento Europeu em Estrasburgo reitera esta exigência.
Vale a pena ver aqui Jon Stewart do Daily Show a gozar Wolfowitz: "Paul Wolfowitz, um dos arquitectos da guerra do Iraque pediu desculpas por ... outra coisa completamente diferente. Ter Wolfowitz a pedir desculpas por ter favorecido uma namorada é um bocado como um serial killer a deixar uma nota na mesa da cozinha dizendo 'desculpem ter manchado a carpete'."
Anti-americanismo primário no Capitólio
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AG
De Washington vêm sinais crescentes de que a nova maioria democrata no Congresso tem a coragem política para impor um novo rumo ao Presidente Bush no que toca à guerra no Iraque. E a fadiga do povo americano (e do mundo) em relação a esta Administração cada vez afoita mais gente a chamar as coisas pelos nomes.
Ontem, o líder dos Democratas no Senado, o Senador Harry Reid, respondendo à enésima acusação de "derrotismo" lançada pelo Vice-Presidente Dick Cheney contra todos aqueles que não consideram o Iraque um farol de esperança e progresso na Mesopotâmia, declarou:
"O Presidente Bush dá frequentemente ordem de soltura ao seu cão de combate [attack dog], também conhecido por Dick Cheney."
Ontem, o líder dos Democratas no Senado, o Senador Harry Reid, respondendo à enésima acusação de "derrotismo" lançada pelo Vice-Presidente Dick Cheney contra todos aqueles que não consideram o Iraque um farol de esperança e progresso na Mesopotâmia, declarou:
"O Presidente Bush dá frequentemente ordem de soltura ao seu cão de combate [attack dog], também conhecido por Dick Cheney."
Mas para que a troca de piropos não degenere, preveniu:
"Não vou entrar numa troca de insultos com alguém [Dick Cheney] que tem um nível de aprovação de 9%."
"Não vou entrar numa troca de insultos com alguém [Dick Cheney] que tem um nível de aprovação de 9%."
Touché!
E agora? Os porta-vozes da falange lusitana do pró-americanismo primário (que inclui alguns "socialistas") devem estar inquietos. Como explicar tamanho anti-americanismo no coração da democracia americana?
Durante anos, do lado de cá do Atlântico, as vozes dividiram-se entre aqueles que viviam na esperança de que a sanidade voltasse aos corredores do poder em Washington, e aqueles que abraçaram acriticamente a visão de um 'mundo novo' em que se invadem países ilegalmente, em que se mente descaradamente sobre as armas mais perigosas do mundo, em que se atropelam os mais fundamentais Direitos Humanos a pretexto de lutar contra o terrorismo, em que se criam falsos heróis e heroínas militares ao ponto de estes(as) e as suas famílias se verem obrigados(as) a distanciar-se das obscenas patranhas.
Não era difícil de adivinhar bem cedo, bem antes da guerra do Iraque, quem tinha chegado ao poder em 2000.
Só não viu quem não quis ver.
Só não se demarcou quem nasceu para rastejar.
E agora? Os porta-vozes da falange lusitana do pró-americanismo primário (que inclui alguns "socialistas") devem estar inquietos. Como explicar tamanho anti-americanismo no coração da democracia americana?
Durante anos, do lado de cá do Atlântico, as vozes dividiram-se entre aqueles que viviam na esperança de que a sanidade voltasse aos corredores do poder em Washington, e aqueles que abraçaram acriticamente a visão de um 'mundo novo' em que se invadem países ilegalmente, em que se mente descaradamente sobre as armas mais perigosas do mundo, em que se atropelam os mais fundamentais Direitos Humanos a pretexto de lutar contra o terrorismo, em que se criam falsos heróis e heroínas militares ao ponto de estes(as) e as suas famílias se verem obrigados(as) a distanciar-se das obscenas patranhas.
Não era difícil de adivinhar bem cedo, bem antes da guerra do Iraque, quem tinha chegado ao poder em 2000.
Só não viu quem não quis ver.
Só não se demarcou quem nasceu para rastejar.
25 de Abril sempre!
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AG
Abril de Sim, Abril de Não
Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.
Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vir
e como tudo o mais contradição.
Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.
Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.
Manuel Alegre
Recebi esta imagem e este poema de um funcionário belga do Parlamento Europeu, Guido van Hecken. A lembrar que Abril não é só de Portugal.
Cem anos de República
Publicado por
Vital Moreira
Já se encontra disponível publicamente o Relatório da Comissão de Projectos para o Centenário da República (à qual tive o gosto de presidir), estando agora aberto um período de sugestões do público sobre o assunto, antes de o Governo tomar as decisões que se impõem.
Recordo que no ano corrente ocorre o centenário da Greve académica de 1907, que foi um alfobre de protagonistas republicanos, e o cinquentenário do I Congresso Republicano de Aveiro (1957), a primeira de três grandes manifestações públicas unitárias da oposição ao Estado Novo, em nome da República (que bem justificaria uma evocação pública de Mário Sacramento, seu organizador).
Recordo que no ano corrente ocorre o centenário da Greve académica de 1907, que foi um alfobre de protagonistas republicanos, e o cinquentenário do I Congresso Republicano de Aveiro (1957), a primeira de três grandes manifestações públicas unitárias da oposição ao Estado Novo, em nome da República (que bem justificaria uma evocação pública de Mário Sacramento, seu organizador).
terça-feira, 24 de abril de 2007
Aqui é que a porca torce o rabo
Publicado por
Vital Moreira
«PSD contra registos de interesses [dos deputados] na Internet». E também não querem o registo das faltas...
Relatório do PE sobre voos da CIA debatido nos EUA
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AG
O primeiro parlamento nacional a discutir o relatório do Parlamento Europeu sobre os chamados "voos da CIA" não foi europeu, mas sim americano. Com efeito, uma delegação do PE esteve na semana passada na Comissão de Negócios Estrangeiros da câmara baixa do Congresso americano para participar numa audição pública sobre o tema "Entregas extraordinárias na política anti-terrorista dos EUA: o impacto nas relações transatlânticas."
No primeiro painel, a delegação do PE apresentou as conclusões principais do relatório final da sua Comissão Temporária sobre a alegada Utilização pela CIA de Países Europeus para o Transporte e a Detenção Ilegal de Prisioneiros. Seguiu-se um animado debate sobre as consequências da estratégia de luta contra o terrorismo da Administração Bush para a segurança global e para as relações com os aliados europeus.
No segundo painel, Julianne Smith, investigadora do reputado think tank americano CSIS e Michael Scheuer, antigo líder da unidade 'Bin Laden' da CIA, debateram os mesmos temas com os congressistas.
Todo o exercício demonstra que as mais altas instâncias políticas americanas levam a sério o trabalho do PE nesta área. E que, ao contrário do que nos é vendido por alguns serviçais deste lado do Atlântico, as críticas às políticas irresponsáveis e contra-producentes da Administração Bush na área da luta contra o terrorismo nada têm de anti-americano, antes pelo contrário.
Mas esta iniciativa do Congresso revela muito mais do que apenas vontade da nova maioria Democrata em promover um processo de introspecção sobre o desastre da política externa americana nos últimos 6 anos: expõe o silêncio ensurdecedor dos governos (e dos parlamentos) europeus em relação à colaboração de responsáveis deste lado do Atlântico com os aspectos mais abjectos das políticas e práticas bushianas.
Neste contexto, aqui fica a tradução de um diálogo ilustrativo entre o Representante Rohrabacher (Republicano da Califórnia) e Michael Scheuer, antigo agente da CIA, retirada da segunda parte das actas:
"REP. ROHRABACHER:(...) O senhor está a dizer que quando as pessoas foram apanhadas e transferidas para outros países, isso foi sempre feito em consulta, cooperação e sob controlo de governos estrangeiros onde o incidente ocorreu. Está correcto?
SR. SCHEUER: (...) Qualquer operação na Europa foi feita com o apoio conhecedor e a aprovação dos serviços de segurança europeus envolvidos".
Restam dúvidas?
No primeiro painel, a delegação do PE apresentou as conclusões principais do relatório final da sua Comissão Temporária sobre a alegada Utilização pela CIA de Países Europeus para o Transporte e a Detenção Ilegal de Prisioneiros. Seguiu-se um animado debate sobre as consequências da estratégia de luta contra o terrorismo da Administração Bush para a segurança global e para as relações com os aliados europeus.
No segundo painel, Julianne Smith, investigadora do reputado think tank americano CSIS e Michael Scheuer, antigo líder da unidade 'Bin Laden' da CIA, debateram os mesmos temas com os congressistas.
Todo o exercício demonstra que as mais altas instâncias políticas americanas levam a sério o trabalho do PE nesta área. E que, ao contrário do que nos é vendido por alguns serviçais deste lado do Atlântico, as críticas às políticas irresponsáveis e contra-producentes da Administração Bush na área da luta contra o terrorismo nada têm de anti-americano, antes pelo contrário.
Mas esta iniciativa do Congresso revela muito mais do que apenas vontade da nova maioria Democrata em promover um processo de introspecção sobre o desastre da política externa americana nos últimos 6 anos: expõe o silêncio ensurdecedor dos governos (e dos parlamentos) europeus em relação à colaboração de responsáveis deste lado do Atlântico com os aspectos mais abjectos das políticas e práticas bushianas.
Neste contexto, aqui fica a tradução de um diálogo ilustrativo entre o Representante Rohrabacher (Republicano da Califórnia) e Michael Scheuer, antigo agente da CIA, retirada da segunda parte das actas:
"REP. ROHRABACHER:(...) O senhor está a dizer que quando as pessoas foram apanhadas e transferidas para outros países, isso foi sempre feito em consulta, cooperação e sob controlo de governos estrangeiros onde o incidente ocorreu. Está correcto?
SR. SCHEUER: (...) Qualquer operação na Europa foi feita com o apoio conhecedor e a aprovação dos serviços de segurança europeus envolvidos".
Restam dúvidas?
segunda-feira, 23 de abril de 2007
"Bipolarização"
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Vital Moreira
«França: Media europeus destacam participação e bipolarização». Na fragmentada paisagem política francesa, quando os dois principais candidatos à esquerda e à direita pouco ultrapassam em conjunto os 55% (ainda por cima com um candidato centrista a atingir mais de 18%) isso já é "bipolarização"!
Mais à direita
Publicado por
Vital Moreira
Os resultados da primeira volta das eleições presidenciais francesas colocam Sarkozy no caminho da eleição na segunda volta, contando poder agregar aos seus robustos 30% os votos de Le Pen e uma boa parte dos votos de Bayrou.
Com uns meritórios 25% dos votos em Segolène Royal(o que compara favoravelmente com os níveis de votação usuais do PSF), as suas chances de vitória são escassas, mesmo que possa congregar todos os votos dos demais candidatos de esquerda (onde o PCF quase desapareceu), dado que precisaria de conquistar a maior parte do eleitorado de Bayrou. Caso se confirme esta perspectiva de derrota, resta saber se a candidata, com a sua campanha pouco convincente, constituiu um "handicap" para as hipóteses da esquerda ou se, nas circunstâncias, não foi um "activo" que evitou um resultado pior.
Com uns meritórios 25% dos votos em Segolène Royal(o que compara favoravelmente com os níveis de votação usuais do PSF), as suas chances de vitória são escassas, mesmo que possa congregar todos os votos dos demais candidatos de esquerda (onde o PCF quase desapareceu), dado que precisaria de conquistar a maior parte do eleitorado de Bayrou. Caso se confirme esta perspectiva de derrota, resta saber se a candidata, com a sua campanha pouco convincente, constituiu um "handicap" para as hipóteses da esquerda ou se, nas circunstâncias, não foi um "activo" que evitou um resultado pior.
domingo, 22 de abril de 2007
A honorabilidade beliscada de Lello
Publicado por
AG
Mão amiga encaminhou-me, embora com algum atraso, a edição do passado dia 14 do jornal «CORREIO DA MANHû, na qual, a páginas 6 e 7, sob o título “Polícia e juízes pediam favores”, são transcritas escutas de conversas telefónicas do âmbito do processo “Apito Dourado”http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=238483&idselect=181&idCanal=181&p=0
Transcrições cuja genuinidade não foi posta em causa, ao que me dizem, por qualquer dos seus imputados intervenientes.
Uma de tais conversas, mantida entre pessoas que não conheço, os srs. Lourenço Pinto e Pinto da Costa, diz-me respeito: concerne a queixa judicial que aqueles dois egrégios «sportsmen» planeavam mover contra mim a propósito de declarações que eu proferira sobre o impoluto mundo do futebol português (declarações que haviam já enxofrado um outro «desportista» nacional – dediquei-lhe o segundo post que aqui escrevi sob o título “Majores carapuças”, em 15.12.2003, ainda não se vislumbrava o reluzente apito...)
Na conversa sobressai a espessura cavalheiresca do Sr. Lourenço Pinto: “...vou-lhe chegar”, “...essa vai comer...” ou “...para a gaja desandar...”. Mas, não tendo, até hoje, sido notificada de qualquer processo, sou levada a crer que as tiradas com que sou mimoseada na referida conversa mais não relevam do que de pueril bravata, género “agarrem-me, se não eu mato-a...”. Hipótese tão verosímil, quanto inócua, que não me determinaria, por si só, a vir à liça.
Sucede, todavia, que no final da transcrição é imputado aos interlocutores o seguinte diálogo:
“LP - ...o Lello disse-me que...que...até me agradecia muito que fizéssemos a queixa porque queriam ver-se livres dela...
PC – Pois!
LP ...e portanto, a queixa dá mais ...mais força para... para a gaja desandar, não é ?”.
Ora, aqui o caso muda de figura, na presunção em que me encontro de que Lello só há um, e ainda de que ninguém lhe terá feito chegar estas “pérolas”, frustrando-lhe assim a oportunidade de se demarcar do conteúdo infamante (como estou certa o faria, na hipótese inversa).
Na verdade, são por demais conhecidas as características de elevação pessoal e politica do meu camarada José Lello: frontalidade telúrica, apego sacrificial aos valores da lealdade e da camaradagem socialista, repúdio feroz pela concubinagem e promiscuidade entre a política governativo-partidária e interesses privados, empresariais, comerciais, futebolisticos ou outros...
Uma de tais conversas, mantida entre pessoas que não conheço, os srs. Lourenço Pinto e Pinto da Costa, diz-me respeito: concerne a queixa judicial que aqueles dois egrégios «sportsmen» planeavam mover contra mim a propósito de declarações que eu proferira sobre o impoluto mundo do futebol português (declarações que haviam já enxofrado um outro «desportista» nacional – dediquei-lhe o segundo post que aqui escrevi sob o título “Majores carapuças”, em 15.12.2003, ainda não se vislumbrava o reluzente apito...)
Na conversa sobressai a espessura cavalheiresca do Sr. Lourenço Pinto: “...vou-lhe chegar”, “...essa vai comer...” ou “...para a gaja desandar...”. Mas, não tendo, até hoje, sido notificada de qualquer processo, sou levada a crer que as tiradas com que sou mimoseada na referida conversa mais não relevam do que de pueril bravata, género “agarrem-me, se não eu mato-a...”. Hipótese tão verosímil, quanto inócua, que não me determinaria, por si só, a vir à liça.
Sucede, todavia, que no final da transcrição é imputado aos interlocutores o seguinte diálogo:
“LP - ...o Lello disse-me que...que...até me agradecia muito que fizéssemos a queixa porque queriam ver-se livres dela...
PC – Pois!
LP ...e portanto, a queixa dá mais ...mais força para... para a gaja desandar, não é ?”.
Ora, aqui o caso muda de figura, na presunção em que me encontro de que Lello só há um, e ainda de que ninguém lhe terá feito chegar estas “pérolas”, frustrando-lhe assim a oportunidade de se demarcar do conteúdo infamante (como estou certa o faria, na hipótese inversa).
Na verdade, são por demais conhecidas as características de elevação pessoal e politica do meu camarada José Lello: frontalidade telúrica, apego sacrificial aos valores da lealdade e da camaradagem socialista, repúdio feroz pela concubinagem e promiscuidade entre a política governativo-partidária e interesses privados, empresariais, comerciais, futebolisticos ou outros...
Por disso estar segura, levanto a minha voz contra a aleivosia que é vilmente imputada a José Lello, certa que estou de que o mesmo ele faria, acaso me fossem atribuidos dixotes que o vilipendiassem como comparsa em «jogadas» deste tipo e deste nível.
"Por teu livre pensamento"
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Vital Moreira
O verso de David Mourão Ferreira que Amália cantou, no que ficou conhecido como "Fado Peniche", dá título a este livro de Rui Daniel Galiza e João Pina, com fotografias, depoimentos e biografias de 25 presos políticos nas cadeias do Estado Novo, ontem lançado no Centro Português de Fotografia, no Porto, onde está patente a exposição das referidas fotografias.
É um livro tocante, que não se vê e lê sem emoção, numa época em que um neo-salazarismo diletante tenta branquear a história da Ditadura. Um excelente prenda para o aniversário do 25 de Abril.
É um livro tocante, que não se vê e lê sem emoção, numa época em que um neo-salazarismo diletante tenta branquear a história da Ditadura. Um excelente prenda para o aniversário do 25 de Abril.
Correio da Causa (125): Reforma da Administração Pública
Publicado por
Vital Moreira
«(...) Estou de acordo com a afirmação que existe um problema de dimensionamento na Administração Pública, cuja resolução poderia levar à mobilidade dos funcionários pertencentes aos organismos ou serviços sobredimensionados para aqueles que estão deficitários. Este problema pressupõe que haja uma avaliação rigorosa do dimensionamento necessário e existente dos recursos, para fazer face aos desafios e atribuições dos vários organismos. Não me apercebi (se houve então existe uma clara ausência de informação aos interessados neste processo) que tal tivesse ocorrido.
O que se está a assistir é apenas um corte generalizado e imposto em todos os organismos do MADRP, de despesas com pessoal através do processo de mobilidade especial a que eu lhe chamaria "corte a direito", impondo uma quota variada em função do organismo, de acordo com indicadores macroeconómicos, e repito, sem considerar nenhum indicador relativo ao dimensionamento dos recursos. Impor quotas sem dimensionar previamente só pode ter como resultado a inactividade do pessoal.
Na prática, o MADRP está a enviar pessoas para um "Quadro de Imobilidade", impondo quotas que derivam de um critério meramente orçamental, mas com uma perspectiva de continuar a funcionar com o mesmo modelo e respectiva cultura organizacional. Prevejo por isso, que vamos continuar trabalhar da mesma maneira mas com menos pessoas. (...)»
João Paulo M.
O que se está a assistir é apenas um corte generalizado e imposto em todos os organismos do MADRP, de despesas com pessoal através do processo de mobilidade especial a que eu lhe chamaria "corte a direito", impondo uma quota variada em função do organismo, de acordo com indicadores macroeconómicos, e repito, sem considerar nenhum indicador relativo ao dimensionamento dos recursos. Impor quotas sem dimensionar previamente só pode ter como resultado a inactividade do pessoal.
Na prática, o MADRP está a enviar pessoas para um "Quadro de Imobilidade", impondo quotas que derivam de um critério meramente orçamental, mas com uma perspectiva de continuar a funcionar com o mesmo modelo e respectiva cultura organizacional. Prevejo por isso, que vamos continuar trabalhar da mesma maneira mas com menos pessoas. (...)»
João Paulo M.
Correio da Causa (124): Pina Moura
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Vital Moreira
«Se Pina Moura não pode presidir ao conselho de administração da TVI - que não à respectiva direcção de programas ou de informação - como pode Pinto Balsemão, conhecido e influente membro do PSD, presidir a um conglomerado de órgãos de comunicação social, onde avultam o Expresso e a SIC?
Quem pode - mormente depois de haver experiência governamental publicamente acusada de manipulação de serviços noticiosos - vir para a praça pública criticar a contratação de Pina Moura por uma empresa privada?
Quem é que - por pressa, receio ou tentativa de ludibriar - ou não se olha ao espelho, ou, olhando, grita ver outros e não a imagem própria?
Isto não estará a ficar "abaixo de cão"?!...»
Manuel T.
Quem pode - mormente depois de haver experiência governamental publicamente acusada de manipulação de serviços noticiosos - vir para a praça pública criticar a contratação de Pina Moura por uma empresa privada?
Quem é que - por pressa, receio ou tentativa de ludibriar - ou não se olha ao espelho, ou, olhando, grita ver outros e não a imagem própria?
Isto não estará a ficar "abaixo de cão"?!...»
Manuel T.
sábado, 21 de abril de 2007
Dupont e Dupond
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AG
Já toparam como Sarkosy e Paulo Portas têm tiques, esgares e espasmos muito semelhantes?
Sarko e Paupo?
Sarko e Paupo?
TVI - "independente" de quê?
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AG
Joaquim Pina Moura fez finalmente o que devia ter feito quando assumiu a presidência da Iberdrola: demitir-se de cargos políticos para prosseguir uma carreira empresarial.
A carreira empresarial de Joaquim Pina Moura não é, evidentemente, incompatível com o cultivo das suas ideias políticas e até ligações partidárias. Nem a dele, nem de qualquer outro empresário ou gestor.
A razão por que defendi que devia ter-se demitido antes, prendia-se com a integridade política exigível a quem é deputado da nação - e em política não basta sê-lo, é preciso parecê-lo também. Além do mais, eu não acreditava (e hoje, com experiência pessoal, ainda menos acredito) que se possa desempenhar seriamente funções parlamentares acumulando com qualquer outra ocupação profissional.
Mas agora que Pina Moura fez finalmente "the decent thing", não subscrevo as críticas e insinuações que para aí vão a propósito de ele ir presidir à Media Capital, a empresa proprietária da TVI. Não é, obviamente, por ele ter filiação socialista que a TVI vai perder independência e ficar domesticada pelo PS, tal como o "Expresso" e as SICs não estão propriamente ao serviço do PSD, partido de que o dono é fundador...
De resto, independência foi coisa em que, realmente, a TVI nunca se destacou (esmerou-se mesmo na manipulação anti-PS do caso Casa Pia).
Será que quem hoje tanto se alarma com os destinos da TVI por estar nas mãos da PRISA (graças à qual em Espanha há media da mais alta qualidade mundial como o jornal "El Pais" e a rádio "Cadena SER"), se alarmou e protestou quando a TVI esteve nas mãos de nebulosos capitais colombianos e dos seus virginais testas de ferro?
Timor Leste: dividir para somar
Publicado por
AG
"A avaliar pelos resultados apurados desde 9 de Abril, os timorenses dividiram-se «equilibradamente»: tanto que nenhum candidato conseguiu assegurar eleição à primeira volta. A repartição traduz o pluralismo em que hoje se exprime a sociedade timorense. O que terá de merecer uma leitura positiva, se recuarmos ao reduzido quadro de opções que os timorenses tinham em 2002, quando esmagadoramente elegeram Xanana Gusmão para a presidência da República Preocupante seria se esse quadro se tivesse entretanto estreitado. Mas, cinco anos passados e desaparecendo a figura histórica, federadora, de Xanana do horizonte presidencial, há mais alternativas. Se isto não é fruto do amadurecimento político da sociedade timorense, se isto não representa um avanço democrático em Timor Leste, apesar da crise ou mesmo por causa da crise, então o que é, e como se traduz , a democracia?"
É um extracto de um artigo meu, publicado na última edição do COURRIER INTERNACIONAL (20.4.2007). O texto já pode ler-se também na ABA DA CAUSA.
sexta-feira, 20 de abril de 2007
"Double standards"
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Vital Moreira
Por causa da nomeação de Pina Moura e de outro gestor filiado PS para a administração (de sete membros) da Media Capital -- a empresa proprietária da TVI que foi comprada pela Prisa espanhola --, o PSD denunciou escandalizado o perigo de influência do PS na referida estação de televisão. Porém, tendo em conta o currículo da Prisa como grupo de comunicação social, haverá alguma razão para temer que a TVI se torne politicamente mais suspeita ou mais enviesada do que a SIC, propriedade de um histórico e activo dirigente do PSD?
Adenda - Se a Prisa introduzir na TVI alguma da qualidade do El País (a meu ver, um dos melhores jornais europeus) e da Cadena SER, o panorama da nossa televisão só ganhará com a troca de proprietários...
Adenda - Se a Prisa introduzir na TVI alguma da qualidade do El País (a meu ver, um dos melhores jornais europeus) e da Cadena SER, o panorama da nossa televisão só ganhará com a troca de proprietários...
Um pouco mais de rigor, pf.
Publicado por
Vital Moreira
A manchete de hoje do Público - "Instituto público ajudou a planear casa particular de Armando Vara" -- não tem fundamento no texto correspondente, de onde decorre somente que uma arquitecta e engenheiros que trabalhavam num instituto público projectaram a tal obra particular do então governante. Por mais interesse que tenha a notícia e o seu destaque na 1ª página (opções editoriais...), a manchete não pode induzir uma leitura propositadamente enviesada (e que, aliás, se fosse verdadeira, constituiria crime...).
Claques
Publicado por
Vital Moreira
Só os distraídos é que podem ficar surpreendidos com a notícia de que as claques de futebol são um terreno de eleição dos movimentos de extrema-direita. Pois não é evidente que uma das principais claques do Benfica ostenta uma bandeira claramente inspirada (nas cores e no símbolo) na bandeira do movimento nazi?
O que surpreende é a complacência dos clubes com estes movimentos, cujas ligações e inspiração eles não podem desconhecer.
O que surpreende é a complacência dos clubes com estes movimentos, cujas ligações e inspiração eles não podem desconhecer.
O Arcebispo e Mugabe: matéria para a Cimeira UE-África
Publicado por
AG
O Arcebispo católico de Bulawayo, Pius Ncube, denunciou publicamente a política opressiva de Mugabe e apelou à população para sair à rua... e enfrentar as armas da polícia do regime.
Num país, onde a ONU prevê que os necessitados de ajuda alimentar cheguem este ano a atingir 1,5 milhão de pessoas, o regime tem vindo a intensificar a mão-de-ferro contra vozes divergentes, com detenções e agressões contra líderes da oposição e activistas de ONGs incómodas.
O Arcebispo Ncube é um homem de coragem, reeditando o que há de extraordinário no exemplo de Cristo: "Mugabe é louco pelo poder e agarrar-se-à a ele mesmo se isso significar destruir a economia e destruir o Zimbabwe. Mugabe é um homem do mal, um agressor e um assassino. Eu não me deixarei intimidar ou ser comprado por ele. Aceito que isto pode significar que posso perder a minha vida".
Será que, em nome do debate verdadeiramente democrático dos problemas de África e da interacção da Europa com África, este Arcebispo, líderes da oposição do Zimbabwe e representantes da oposição a muitos regimes africanos também vão ser convidados e bem acolhidos pela presidência portuguesa da UE em Lisboa durante a Cimeira EU-África?
Num país, onde a ONU prevê que os necessitados de ajuda alimentar cheguem este ano a atingir 1,5 milhão de pessoas, o regime tem vindo a intensificar a mão-de-ferro contra vozes divergentes, com detenções e agressões contra líderes da oposição e activistas de ONGs incómodas.
O Arcebispo Ncube é um homem de coragem, reeditando o que há de extraordinário no exemplo de Cristo: "Mugabe é louco pelo poder e agarrar-se-à a ele mesmo se isso significar destruir a economia e destruir o Zimbabwe. Mugabe é um homem do mal, um agressor e um assassino. Eu não me deixarei intimidar ou ser comprado por ele. Aceito que isto pode significar que posso perder a minha vida".
Será que, em nome do debate verdadeiramente democrático dos problemas de África e da interacção da Europa com África, este Arcebispo, líderes da oposição do Zimbabwe e representantes da oposição a muitos regimes africanos também vão ser convidados e bem acolhidos pela presidência portuguesa da UE em Lisboa durante a Cimeira EU-África?
quinta-feira, 19 de abril de 2007
Espero que a Al Qaeda não leia este post...
Publicado por
AG
Em 1996 foi estabelecida a Convenção para a Proibição das Armas Químicas, que Portugal ratificou no mesmo ano. Mas até agora não foi publicada a legislação necessária para aplicar a Convenção em Portugal, nomeadamente no que toca à monitorização da indústria química nacional.
Não havendo legislação, a ANPAQ (Autoridade Nacional da Convenção) não tem orçamento. Não tendo orçamento, a ANPAQ não pode garantir o cumprimento da Convenção por parte de Portugal.
Reitero o que escrevi no Courrier Internacional, em 10 de Março de 2006: "Portugal ratificou a Convenção em 1996 e desde então produziu ZERO relatórios nacionais. Por outras palavras: não fazemos a menor ideia do que cá se importa, exporta, compra, vende e produz na área dos produtos químicos. Muito do material que aparenta ser inofensivo é de duplo-uso e só com legislação que imponha transparência e controle se poderá garantir que nada é desviado, manipulado, transferido ou simplesmente adquirido por agentes terroristas."
Um ano depois, nada mudou - Portugal continua a não cumprir uma das Convenções mais importantes para o combate às Armas de Destruição Maciça.
Um ano depois, o Director-Geral da OPCW (a organização que monitoriza o cumprimento da Convenção a nível global) visitou o Parlamento Europeu. Congratulou-se com o papel importante da UE nesta área, mas lamentou diplomaticamente que "um ou dois países ainda não implementam a Convenção completamente...".
Portugal é um deles. Que vergonha! Mas, sobretudo, que perigo! Sabendo nós, ainda por cima, que os terroristas do 11 de Março, em Espanha, chegaram a vir cá ver o que arranjavam de explosivos (arranjaram mais à mão...).
Quando é que o MNE - que é onde esta legislação está encalhada - tira a cabeça da areia e dá andamento a isto?! Ou será que, como eu alertava no mesmo artigo do Courrier, estamos à espera que a Al Qaeda volte por cá as compras?
Não havendo legislação, a ANPAQ (Autoridade Nacional da Convenção) não tem orçamento. Não tendo orçamento, a ANPAQ não pode garantir o cumprimento da Convenção por parte de Portugal.
Reitero o que escrevi no Courrier Internacional, em 10 de Março de 2006: "Portugal ratificou a Convenção em 1996 e desde então produziu ZERO relatórios nacionais. Por outras palavras: não fazemos a menor ideia do que cá se importa, exporta, compra, vende e produz na área dos produtos químicos. Muito do material que aparenta ser inofensivo é de duplo-uso e só com legislação que imponha transparência e controle se poderá garantir que nada é desviado, manipulado, transferido ou simplesmente adquirido por agentes terroristas."
Um ano depois, nada mudou - Portugal continua a não cumprir uma das Convenções mais importantes para o combate às Armas de Destruição Maciça.
Um ano depois, o Director-Geral da OPCW (a organização que monitoriza o cumprimento da Convenção a nível global) visitou o Parlamento Europeu. Congratulou-se com o papel importante da UE nesta área, mas lamentou diplomaticamente que "um ou dois países ainda não implementam a Convenção completamente...".
Portugal é um deles. Que vergonha! Mas, sobretudo, que perigo! Sabendo nós, ainda por cima, que os terroristas do 11 de Março, em Espanha, chegaram a vir cá ver o que arranjavam de explosivos (arranjaram mais à mão...).
Quando é que o MNE - que é onde esta legislação está encalhada - tira a cabeça da areia e dá andamento a isto?! Ou será que, como eu alertava no mesmo artigo do Courrier, estamos à espera que a Al Qaeda volte por cá as compras?
Desarmamento nuclear no Parlamento Europeu
Publicado por
AG
Já está na Aba da Causa a intervenção que fiz na abertura de uma conferência sobre desarmamento nuclear que teve hoje lugar no Parlamento Europeu.
Fica uma amostra:
"...but as long as this European Strategy is only turned outwards; as long as disarmament is only to be pursued outside the borders of the Union; in other words, as long as London and Paris continue to see this Strategy as something that doesn't concern their own nuclear arsenals, the EU will continue to be a flawed defender of the NPT and it will continue to fight non-proliferation with one hand tied behind its back".
Fica uma amostra:
"...but as long as this European Strategy is only turned outwards; as long as disarmament is only to be pursued outside the borders of the Union; in other words, as long as London and Paris continue to see this Strategy as something that doesn't concern their own nuclear arsenals, the EU will continue to be a flawed defender of the NPT and it will continue to fight non-proliferation with one hand tied behind its back".
Conivência
Publicado por
Vital Moreira
O meu amigo J. Vasconcelos Costa pergunta (via email): como é que foi possível admitir que professores de universidades públicas em regime de tempo integral tivessem desempenhado funções directivas em universidades privadas -- incluindo como directores de cursos e como reitores e vice-reitores -- e que tais acumulações tivessem sido consentidas por aquelas, sem que o mais elementar sentido de conflito de interesses e de lealdade institucional tivesse sido suscitado?
Infelizmente, a situação que veio a lume sobre o professor da Universidade de Coimbra que participou na fundação da Universidade Independente e foi seu reitor (pelo menos nominal) não constituiu caso único (nem sequer na Universidade de Coimbra), revelando bem a conivência das universidades públicas na transitória e artificial legitimação académica de várias universidades privadas.
Infelizmente, a situação que veio a lume sobre o professor da Universidade de Coimbra que participou na fundação da Universidade Independente e foi seu reitor (pelo menos nominal) não constituiu caso único (nem sequer na Universidade de Coimbra), revelando bem a conivência das universidades públicas na transitória e artificial legitimação académica de várias universidades privadas.
Pontos de vista
Publicado por
Vital Moreira
O novo governo finlandês, de centro-direita, inclui 12 mulheres entre os 20 ministros, o que é seguramente inédito na história política. Mas se fosse o contrário, alguém estranharia?
quarta-feira, 18 de abril de 2007
Livro de reclamações (4): Português na RTP
Publicado por
Vital Moreira
Telejornal de hoje na RTP: uma jornalista em off relata uma notícia sindical. Depois de referir o problema "duchalários" [ela queria dizer "dos salários"], fala em algo "remôto" e em "acórdos". Tudo isto em duas frases!
Não será de exigir que num serviço público de televisão os profissionais falem Português com um mínimo de correcção? Entre os critérios de recrutamento não deverá constar o conhecimento da Língua?
Não será de exigir que num serviço público de televisão os profissionais falem Português com um mínimo de correcção? Entre os critérios de recrutamento não deverá constar o conhecimento da Língua?
Afinal...
Publicado por
Vital Moreira
«Carga fiscal das empresas portuguesas desceu 7,7 pontos percentuais entre 2000 e 2006».
E andam as empresas (e a opoisção de direita) permanentemente a queixar-se do aumento da carga fiscal!
E andam as empresas (e a opoisção de direita) permanentemente a queixar-se do aumento da carga fiscal!
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Manipulação
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Vital Moreira
Na sua maioria, os portugueses acham que há manipulação política na campanha contra Sócrates por causa do seu diploma académico.
À atenção do Público e do Expresso. A pior coisa que pode suceder à "imprensa de referência" é perder a confiança dos leitores quanto à sua isenção política...
À atenção do Público e do Expresso. A pior coisa que pode suceder à "imprensa de referência" é perder a confiança dos leitores quanto à sua isenção política...
Derrota
Publicado por
Vital Moreira
A direita ultracatólica no poder na Polónia não conseguiu a maioria parlamentar necessária para rever a Constituição de modo a estabelecer a proibição absoluta do aborto. A actual legislação já só admite o aborto no caso de violação, de perigo para a vida ou saúde da grávida ou de malformação do feto. É contra essa limitada "abertura" que a actual maioria governamental polaca se mobiliza.
domingo, 15 de abril de 2007
Lembrete
Publicado por
Vital Moreira
Doravante, os licenciados em engenharia que não exerçam a profissão devem rejeitar expressamente ser tratados por "engenheiro" e os licenciados noutras artes devem excluir liminarmente ser tratados por "doutor".
A bem da moralidade pública.
A bem da moralidade pública.
Depuração
Publicado por
Vital Moreira
Mais de uma semana ausente do País, sem tempo nem disposição para me inteirar dos eventos da Pátria, só agora me dei conta da depuração ideológica do corpo de comentaristas do Diário de Notícias, incluindo Medeiros Ferreira, Ruben de Carvalho e Joana Amaral Dias.
Assim vai o pluralismo de opinião dos nossos "media": num País onde já não há um jornal de esquerda, um antigo jornal de referência procede a uma "limpeza" entre os colunistas de esquerda. O poder económico dita as suas leis...
Assim vai o pluralismo de opinião dos nossos "media": num País onde já não há um jornal de esquerda, um antigo jornal de referência procede a uma "limpeza" entre os colunistas de esquerda. O poder económico dita as suas leis...
Referendo
Publicado por
Vital Moreira
Voltou à agenda política a questão do referendo do "tratado constitucional" da UE, com as notícias de oposição do Presidente da República e do Presidente da Comissão Europeia à realização desse referendo.
Penso que não faz sentido recuar na perspectiva de referendo, a não ser que o "tratado constitucional" venha a ser substituído por um "minitratado" de âmbito puramente institucional. Mas é evidente que a competência para convocar o referendo cabe ao Presidente da República (embora sob proposta da AR) e que, ao contrário dos partidos políticos, Cavaco Silva nunca se comprometeu com a sua realização.
Penso que não faz sentido recuar na perspectiva de referendo, a não ser que o "tratado constitucional" venha a ser substituído por um "minitratado" de âmbito puramente institucional. Mas é evidente que a competência para convocar o referendo cabe ao Presidente da República (embora sob proposta da AR) e que, ao contrário dos partidos políticos, Cavaco Silva nunca se comprometeu com a sua realização.
Regresso à normalidade?
Publicado por
Vital Moreira
Graças à ajuda de vários bloggers -- a cujo cuidado fico muito grato--, recuperei e voltei a publicar, com as datas originárias, os posts que desapareceram desde o dia 30 de Março, inclusive.
Embora sem saber as razões do estranho desaparecimento, espero que as coisas voltem ao normal aqui pelo Causa Nossa.
Embora sem saber as razões do estranho desaparecimento, espero que as coisas voltem ao normal aqui pelo Causa Nossa.
sábado, 14 de abril de 2007
Intrigante
Publicado por
Vital Moreira
Desde 30 de Março que os posts que publicamos no Causa Nossa continuam a desaparecer ao fim de algum tempo, sem deixar rasto...
Alternativas:
a) Esperar que alguém proporcione uma solução?
b) Iniciar nova versão do blogue com novo endereço?
c) Deixar o blogger?
Alternativas:
a) Esperar que alguém proporcione uma solução?
b) Iniciar nova versão do blogue com novo endereço?
c) Deixar o blogger?
domingo, 8 de abril de 2007
Ota (12) - A mina de ouro
Publicado por
Vital Moreira
A localização do novo aeroporto de Lisboa movimenta compreensivelmente poderosos grupos de interesse, e só isso pode justificar a súbita campanha contra a Ota.
Mas o principal interessado numa localização a sul do Tejo é naturalmente a Lusoponte, concessionária das pontes sobre o Tejo. Basta fazer contas: imaginando uns modestos 10 milhões de passageiros por ano (descontados os passageiros em trânsito), dos quais cerca de 3/4 residem a norte do Tejo, teríamos mais de 15 milhões de travessias do Rio (ida e volta), a maior parte delas por via rodoviária, o que daria outras tantas portagens, a pagar pelos utentes do aeroporto.
Uma mina de ouro, não é?! Quem se admira se a empresa dedicar uma migalha dessa quantia a lutar pelo eldorado?
Mas o principal interessado numa localização a sul do Tejo é naturalmente a Lusoponte, concessionária das pontes sobre o Tejo. Basta fazer contas: imaginando uns modestos 10 milhões de passageiros por ano (descontados os passageiros em trânsito), dos quais cerca de 3/4 residem a norte do Tejo, teríamos mais de 15 milhões de travessias do Rio (ida e volta), a maior parte delas por via rodoviária, o que daria outras tantas portagens, a pagar pelos utentes do aeroporto.
Uma mina de ouro, não é?! Quem se admira se a empresa dedicar uma migalha dessa quantia a lutar pelo eldorado?
Resulta sempre
Publicado por
Vital Moreira
«Em Portugal ninguém passa incólume de ataques, mesmo que sejam injustos» - diz um especialista em sondagens de opinião.
Os orquestradores da campanha contra Sócrates sabem-no bem...
Os orquestradores da campanha contra Sócrates sabem-no bem...
sábado, 7 de abril de 2007
Pressão
Publicado por
Vital Moreira
Parece-me que chegou a altura de Sócrates sacudir a pressão que os media continuam a alimentar por causa do controverso processo da sua licenciatura na Universidade Independente, cujo agendamento público coincidiu "por acaso" com a manifestação do caos institucional dessa mesma universidade privada. O silêncio já não constitui a resposta adequada às especulações jornalísticas e às desconfianças instiladas na opinião pública.
sexta-feira, 6 de abril de 2007
Pressão
Publicado por
Vital Moreira
O assessor de um ministro ou do primeiro-ministro não pode telefonar a um jornalista para corrigir uma informação errada ou para mostrar desagrado por uma interpretação ofensiva? E será uma prática inédita, iniciada pelo actual Governo?
Penso que esses telefonemas não são recomendáveis (até por poderem ser aproveitados como estão a ser...). Porém, o clamor de alguns media e alguns jornalistas contra uma alegada tentativa de "controlo dos media" pelo Governo parece-me francamente injustificado e artificial. Afinal, que meios é que o Governo tem para "pressionar" ou "controlar" os media e os jornalistas?
Penso que esses telefonemas não são recomendáveis (até por poderem ser aproveitados como estão a ser...). Porém, o clamor de alguns media e alguns jornalistas contra uma alegada tentativa de "controlo dos media" pelo Governo parece-me francamente injustificado e artificial. Afinal, que meios é que o Governo tem para "pressionar" ou "controlar" os media e os jornalistas?
Quem dá uma dica?(2)
Publicado por
Vital Moreira
Resolvido o problema do "encoding" do texto (continuo sem saber por que é que desformatou...), resta saber como é que posso recuperar os posts misteriosamente desaparecidos. Alguém já teve essa má surpresa?
Quem dá uma dica?
Publicado por
Vital Moreira
Como se pode ver na coluna ao lado (Contactos, etc.) os caracteres com acentos e cedilhas foram substituídos, não sei porquê, por quadradinhos. Pior do que isso (que posso corrigir facilmente no template, embora gostasse de saber porquê) é o facto de terem desaparecido misteriosamente todos os posts dos últimos dias!
Quem tem uma explicação... e uma solução?
Quem tem uma explicação... e uma solução?
quarta-feira, 4 de abril de 2007
Desmentido no terreno
Publicado por
Vital Moreira
«Genéricos atingem maior quota de mercado de sempre».
Há apenas um ano, o PSD denunciava um caviloso projecto do Governo para estrangular o mercado dos genéricos...
Há apenas um ano, o PSD denunciava um caviloso projecto do Governo para estrangular o mercado dos genéricos...
terça-feira, 3 de abril de 2007
Reparação de um lapso
Publicado por
Vital Moreira
No meu post de 24 de Março "Europa - a falta que Delors faz..." cometi o lapso de chamar Raquel à Rebecca Abecassis. Freud poderia explicar. Já corrigi, mas aqui fica o meu pedido de desculpas à autora da magnífica entrevista da SIC-Notícias.
posted by Ana Gomes
posted by Ana Gomes
Zimbabwe - à espera da solidariedade africana
Publicado por
Vital Moreira
Começa hoje no Zimbabwe uma greve de protesto contra a gravíssima crise económica num país que há uns anos era celeiro em África e onde hoje mais de 80% da população sobrevive na pobreza, com a mais alta taxa de inflação do mundo – uns para nós inimagináveis 1,700%!
Na semana passada os media revelaram que Angola está a enviar 2.500 a 3.000 agentes da Polícia de Intervenção Rápida para ajudar a controlar a violência que agita Harare. Como se a polícia do regime de Mugabe não bastasse para reprimir e atirar para os hospitais os oposicionistas (ver post de 15.03.07). Incluindo membros do parlamento, impedidos, assim, de participar na Assembleia Parlamentar Paritária ACP-UE que teve lugar há dias em Bruxelas.
Entretanto, o líder da oposição, Morgan Tsvangirai, voltou a ser preso na semana passada. A polícia negou a detenção, mas ela ocorreu durante algumas horas. Com um objectivo preciso: impedir uma conferência de imprensa em que se revelariam detalhes sobre a violência das últimas semanas.
O cada dia mais inefável Presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, encarregue de mediar entre Mugabe e Tsvangirai, já veio dizer que não irá fazer pressão pela mudança de regime, ao mesmo tempo que o velho Mugabe anunciou a intenção de se recandidatar. Outros dirigentes africanos assobiam para o ar... Tudo gente a pedir que a diplomacia portuguesa se esmifre por os ter em Lisboa numa Cimeira UE-Africa !...
posted by Ana Gomes
Na semana passada os media revelaram que Angola está a enviar 2.500 a 3.000 agentes da Polícia de Intervenção Rápida para ajudar a controlar a violência que agita Harare. Como se a polícia do regime de Mugabe não bastasse para reprimir e atirar para os hospitais os oposicionistas (ver post de 15.03.07). Incluindo membros do parlamento, impedidos, assim, de participar na Assembleia Parlamentar Paritária ACP-UE que teve lugar há dias em Bruxelas.
Entretanto, o líder da oposição, Morgan Tsvangirai, voltou a ser preso na semana passada. A polícia negou a detenção, mas ela ocorreu durante algumas horas. Com um objectivo preciso: impedir uma conferência de imprensa em que se revelariam detalhes sobre a violência das últimas semanas.
O cada dia mais inefável Presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, encarregue de mediar entre Mugabe e Tsvangirai, já veio dizer que não irá fazer pressão pela mudança de regime, ao mesmo tempo que o velho Mugabe anunciou a intenção de se recandidatar. Outros dirigentes africanos assobiam para o ar... Tudo gente a pedir que a diplomacia portuguesa se esmifre por os ter em Lisboa numa Cimeira UE-Africa !...
posted by Ana Gomes
Nancy Pelosi na Síria
Publicado por
Vital Moreira
«Diplomacia paralela», berrariam eles aqui, escandalizados.
Lá estão sobretudo atordoados com a desfaçatez. Ninguém cuidou sequer de fazer o guignol chefe ensaiar o que dizer....
"Vade retro Satanás", excomunga o «neo-con» John Bolton, furibundo por ela se afoitar a descer a um dos vértices do "Eixo do mal".
Mas a Nancyzinha não se intimida: o poder é para exercer, as competências são para usar, os «old boys» ainda vão ter muito mais com que se arrepiar, que isto de ter uma mulher como "speaker" na Câmara dos Representantes tem de significar valente varredela.
Com calma olímpica e um sorriso de quem está a gozar cada vassourada, ela já explicou que ao ir a Damasco se limita a pôr em prática o que o «Baker-Hamilton Study Group» recomendou ao Presidente...
Não vai à toa, nem sozinha. Vai numa missão de "fact finding" por todo o Médio Oriente. À ilharga, significativamente, leva Tom Lantos, o Presidente da Comissão de Relações Externas da Câmara, um veterano a garantir apoio de importantes sectores do «lobby» judeu.
Vai Nancy, vai! Mostra que sabes abrir caminho e começar a arredar o entulho que eles não fizeram senão semear.
posted by Ana Gomes
Lá estão sobretudo atordoados com a desfaçatez. Ninguém cuidou sequer de fazer o guignol chefe ensaiar o que dizer....
"Vade retro Satanás", excomunga o «neo-con» John Bolton, furibundo por ela se afoitar a descer a um dos vértices do "Eixo do mal".
Mas a Nancyzinha não se intimida: o poder é para exercer, as competências são para usar, os «old boys» ainda vão ter muito mais com que se arrepiar, que isto de ter uma mulher como "speaker" na Câmara dos Representantes tem de significar valente varredela.
Com calma olímpica e um sorriso de quem está a gozar cada vassourada, ela já explicou que ao ir a Damasco se limita a pôr em prática o que o «Baker-Hamilton Study Group» recomendou ao Presidente...
Não vai à toa, nem sozinha. Vai numa missão de "fact finding" por todo o Médio Oriente. À ilharga, significativamente, leva Tom Lantos, o Presidente da Comissão de Relações Externas da Câmara, um veterano a garantir apoio de importantes sectores do «lobby» judeu.
Vai Nancy, vai! Mostra que sabes abrir caminho e começar a arredar o entulho que eles não fizeram senão semear.
posted by Ana Gomes
Um pouco mais de rigor, pf.
Publicado por
Vital Moreira
A frequência com que os media tiram conclusões erradas, por pura ignorância ou negligência, é inquietante. Por exemplo, esta notícia de que "Hipers vão vender medicamentos com receita" é falsa (e só podia ser falsa, dada a reserva legal das farmácias e dos farmacêuticos para o fornecimento dos medicamentos sujeitos a prescrição médica).
O que foi anunciado foi o alargamento da lista de medicamentos que podem ser fornecidos sem receita médica, incluindo alguns que têm hoje direito a comparticipação do Estado (o que até agora não sucede), perdendo porém direito a essa participação se não forem adquiridos nas farmácias.
[revisto]
O que foi anunciado foi o alargamento da lista de medicamentos que podem ser fornecidos sem receita médica, incluindo alguns que têm hoje direito a comparticipação do Estado (o que até agora não sucede), perdendo porém direito a essa participação se não forem adquiridos nas farmácias.
[revisto]
Um pouco mais de seriedade, pf.
Publicado por
Vital Moreira
Principal argumento de Miguel Frasquilho [no Prós & Contras] para a descida imediata de IRC: o imposto sobre os lucros das empresas é muito mais baixo nos países do Leste Europeu (média de 19%) do que em Portugal (25%), o que está a provocar deslocações de empresas de Portugal para esses países.
Ora: (i) os contratos de investimento estrangeiro em Portugal incluem por via de regra uma isenção total ou quase total de IRC, pelo que ninguém deixa de investir em Portugal por causa disso; (ii) a maior competitividade do Leste resulta, sim, de mão-de-obra mais barata e com melhores qualificações, o que significa factura de pessoal mais baixa e maior produtividade; (iii) outra vantagem do Leste é a sua maior proximidade do centro da UE, o que significa menos custos de transportes e melhor acesso aos mercados; (iv) a melhor prova de que um IRC mais baixo não dá, só por si, vantagens competitivas está aqui ao lado, na Espanha, que, apesar de um imposto muito superior ao nosso, atrai muito mais investimento estrangeiro.
Ora: (i) os contratos de investimento estrangeiro em Portugal incluem por via de regra uma isenção total ou quase total de IRC, pelo que ninguém deixa de investir em Portugal por causa disso; (ii) a maior competitividade do Leste resulta, sim, de mão-de-obra mais barata e com melhores qualificações, o que significa factura de pessoal mais baixa e maior produtividade; (iii) outra vantagem do Leste é a sua maior proximidade do centro da UE, o que significa menos custos de transportes e melhor acesso aos mercados; (iv) a melhor prova de que um IRC mais baixo não dá, só por si, vantagens competitivas está aqui ao lado, na Espanha, que, apesar de um imposto muito superior ao nosso, atrai muito mais investimento estrangeiro.
segunda-feira, 2 de abril de 2007
Iniquidade
Publicado por
Vital Moreira
Vamos mais uma vez pagar, todos, os transportes colectivos de Lisboa, além de pagarmos os das nossas próprias cidades. Desta vez, só quanto à Carris, em relação ao ano de 2006, são mais 50 milhões de prejuízos, a somar aos 40 milhões de subsídios que a empresa recebeu do Estado.
A que propósito é que o Estado continua a ser responsável por uma tarefa de natureza essencialmente local (como, aliás, é no resto do País, salvo o Porto)? Para quando a transformação da Carris e do Metropolitano de Lisboa em empresas metropolitanas ou intermunicipais, descentralizando também o financiamento dos respectivos encargos?
A que propósito é que o Estado continua a ser responsável por uma tarefa de natureza essencialmente local (como, aliás, é no resto do País, salvo o Porto)? Para quando a transformação da Carris e do Metropolitano de Lisboa em empresas metropolitanas ou intermunicipais, descentralizando também o financiamento dos respectivos encargos?
Gostaria de ter escrito isto (15)
Publicado por
Vital Moreira
«Quando as elites intelectuais do País acham que o povo desse País é um bocado estúpido até que ponto podem elas próprias ser, digamos, sinceramente democráticas?» (Pedro Magalhães, Público de hoje).
Ota (11)
Publicado por
Vital Moreira
No título de uma notícia, o Público afirma que «Quercus não tem "posição definitiva" sobre alternativas à Ota».
Ora, lida a notícia, o título também poderia (ou deveria?) ser este: «Alternativas à Ota "mantêm muitos dos problemas que se colocaram em Rio Frio"».
Como se vê, o título toma posição. Preferências...
Ora, lida a notícia, o título também poderia (ou deveria?) ser este: «Alternativas à Ota "mantêm muitos dos problemas que se colocaram em Rio Frio"».
Como se vê, o título toma posição. Preferências...
Ota (10)
Publicado por
Vital Moreira
O destaque de hoje do Público -- «Governo conhece estudos que permitiriam tirar ao custo do novo aeroporto 2,5 mil milhões de euros» --, tomando claramente partido na questão (política) da localização do aeroporto da Ota, suscita as seguintes comentários:
1º - Não são conhecidos os tais estudos alternativos aos da Ota (nem as credenciais dos seus autores nesta área), sendo designadamente desconhecidos os alegados dados sobre os custos;
2º - Estudos destes, para terem algum crédito, não se podem fazer em alguns dias ou semanas, sendo desejável saber quem é que financiou ou está disponível para financiar os seus elevados custos, e as suas motivações;
3º - É absurdo imputar como custos da Ota acessibilidades que já lá estão, como a as auto-estradas, ou que serão construídas independentemente dela, como o TGV, e não imputar às novas hipóteses de localização os custos das mesmas acessibilidades, que ainda não existem, até porque se trata de localizações mais distantes de Lisboa do que a Ota;
5º - Nos investimento de infra-estruturas de longa duração, não faz sentido comparar somente os custos de construção, sem entrar em linha de conta com os custos da sua utilização para os utentes: ora, sabendo-se que a esmagadora maioria dos utentes do aeroporto de Lisboa reside a norte do Tejo, que custos acumulados não teria uma localização a sul do Tejo?
6º - O critério essencial para a localização do aeroporto de Lisboa não pode ser apenas o seu custo de construção (ficaria ainda mais barato em Vendas Novas, por exemplo...), mas sim a sua racionalidade em termos de ordenamento territorial, de vantagens económicas e de proximidade em relação aos seus utentes;
7º - Um aeroporto territorialmente periférico como o que agora se propõe aproveitaria sobretudo à Lusoponte, obrigando a mais uns milhões de travessias do Tejo (uma mina de portagens!...), e aos grandes interesses económicos implantados a sul do Tejo, cuja identificação é mais do que conhecida.
1º - Não são conhecidos os tais estudos alternativos aos da Ota (nem as credenciais dos seus autores nesta área), sendo designadamente desconhecidos os alegados dados sobre os custos;
2º - Estudos destes, para terem algum crédito, não se podem fazer em alguns dias ou semanas, sendo desejável saber quem é que financiou ou está disponível para financiar os seus elevados custos, e as suas motivações;
3º - É absurdo imputar como custos da Ota acessibilidades que já lá estão, como a as auto-estradas, ou que serão construídas independentemente dela, como o TGV, e não imputar às novas hipóteses de localização os custos das mesmas acessibilidades, que ainda não existem, até porque se trata de localizações mais distantes de Lisboa do que a Ota;
5º - Nos investimento de infra-estruturas de longa duração, não faz sentido comparar somente os custos de construção, sem entrar em linha de conta com os custos da sua utilização para os utentes: ora, sabendo-se que a esmagadora maioria dos utentes do aeroporto de Lisboa reside a norte do Tejo, que custos acumulados não teria uma localização a sul do Tejo?
6º - O critério essencial para a localização do aeroporto de Lisboa não pode ser apenas o seu custo de construção (ficaria ainda mais barato em Vendas Novas, por exemplo...), mas sim a sua racionalidade em termos de ordenamento territorial, de vantagens económicas e de proximidade em relação aos seus utentes;
7º - Um aeroporto territorialmente periférico como o que agora se propõe aproveitaria sobretudo à Lusoponte, obrigando a mais uns milhões de travessias do Tejo (uma mina de portagens!...), e aos grandes interesses económicos implantados a sul do Tejo, cuja identificação é mais do que conhecida.
domingo, 1 de abril de 2007
nazionalistas
Publicado por
Vital Moreira
PNR - o tal, do cartaz abjecto, xenófobo, anti-emigrante (e há-os portugueses, aos milhões).
PNR = partido nazionalista racista.
posted by Ana Gomes
PNR = partido nazionalista racista.
posted by Ana Gomes
Antologia do dislate
Publicado por
Vital Moreira
«O que está a acontecer [com o referendo e a lei de despenalização do aborto] só tem comparação com o que aconteceu no tempo de Salazar com a Constituição de 33. Aqueles que não votaram foram considerados votos 'sim'." (Diário de Notícias de hoje).
O Diário de Notícias veiculou a tolice sem reparos...
O Diário de Notícias veiculou a tolice sem reparos...
Frete Expresso (2)
Publicado por
Vital Moreira
Em mais uma peça especulativa sobre o novo aeroporto de Lisboa, o Expresso titula que «Poceirão corta custos [da Ota] para metade». Assim, sem aspas, como sucede, a notícia do semanário sugere que se trata de uma informação objectiva ou pelo menos baseada em dados credíveis. Ora, lida a notícia, verifica-se que se trata apenas da opinião subjectiva de um dos conhecidos adversários da Ota, cuja competência em matéria de infra-estruturas aeronáuticas é desconhecida e baseada não se sabe em que estudos e, sobretudo, sem a mínima verosimilhança, pois os estudos oficiais (estes de verdadeiros especialistas) indicam que os famosos sobrecustos de terraplenagem da Ota oneram somente em 13% o respectivo orçamento.
Além disso, a peça do Expresso menciona a opinião de outros especialistas em favor da Ota, tendo o semanário optado ostensivamente por uma das partes, sem qualquer critério. Isto não é jornalismo sério.
Além disso, a peça do Expresso menciona a opinião de outros especialistas em favor da Ota, tendo o semanário optado ostensivamente por uma das partes, sem qualquer critério. Isto não é jornalismo sério.
Frete Expresso
Publicado por
Vital Moreira
Numa notícia encaixada à força na 1ª página do Expresso -- cada vez mais transformado em "folha" do PSD --, Marques Mendes anuncia a proposta de redução do número de deputados para 181 (menos 49 do que actualmente), acrescentando, em palavras do próprio, que a redução do número de deputados é «um ponto inegociável».
Mais valia dizer desde já que não quer nenhuma reforma do sistema eleitoral, pois uma tal redução é inaceitável, quer porque afectaria substancialmente a proporcionalidade da representação política dos diversos partidos (em prejuízo dos mais pequenos), quer porque tiraria sentido à ideia de círculos uninominais, cujo número ficaria abaixo de um mínimo relevante.
E se a referida perda da proporcionalidade poderia ser recuperada com a criação de um círculo nacional e com a agregação dos alguns dos actuais círculos eleitorais plurinominais (com base nos quais se opera a repartição dos deputados que cabem a cada partido), já o número excessivamente reduzido de círculos eleitorais uninominais se afigura irreparavelmente nefasta. Por isso, a proposta do PSD não é para tomar a sério.
Mais valia dizer desde já que não quer nenhuma reforma do sistema eleitoral, pois uma tal redução é inaceitável, quer porque afectaria substancialmente a proporcionalidade da representação política dos diversos partidos (em prejuízo dos mais pequenos), quer porque tiraria sentido à ideia de círculos uninominais, cujo número ficaria abaixo de um mínimo relevante.
E se a referida perda da proporcionalidade poderia ser recuperada com a criação de um círculo nacional e com a agregação dos alguns dos actuais círculos eleitorais plurinominais (com base nos quais se opera a repartição dos deputados que cabem a cada partido), já o número excessivamente reduzido de círculos eleitorais uninominais se afigura irreparavelmente nefasta. Por isso, a proposta do PSD não é para tomar a sério.
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