Nos Palops há as elites e os outros. E nas elites há quem pense como escreves e quem não pense. Percebe-se, aliás, que seja do seu ex-colonizador que alguns precisam de se demarcar, tanto mais artificialmente quanto mais ténue seja a diferença e grande a proximidade. Os colonizadores dos outros estão distantes por princípio.
Esta explicação para a tua falta de 'carinho' (que vem do meu em demasia) não significa, no entanto, tolerância com insultos ou compreensão para o excesso de arrogância, baseada em supostos complexos coloniais que de todo não partilho.
De resto, olhando para África, onde estará essa diferença tão marcante, deixada pelo ex-colonizador, entre a R. D. do Congo, o Zimbabué, Cabo-Verde ou Moçambique, que favorece os dois primeiros e prejudica os dois últimos?
(Que tal um comentário do José Flávio Pimentel, algures no Maputo e talvez on line?)
Maria Manuel Leitão Marques