Apaixonei-me pela serra da Arrábida muito antes de a conhecer, quando recebi no liceu uma bela edição do Diário de Sebastião da Gama como prémio escolar (no 2º ano ou no 5º, já não sei bem). Depois encontrei na biblioteca do liceu a Serra Mãe, que li com o mesmo sentido de descoberta.
Foi com verdadeira emoção que, muitos anos mais tarde, em sucessivas visitas, conheci ao vivo o Portinho escondido no seu recovo, o convento alvejando a meio da encosta (nessa altura em solitário abandono), as veredas da serra por entre a vegetação mediterrânica, as imponentes falésias brancas caindo a pique sobre o mar. Desde então, sempre que cá regresso, como agora, continuam a fascinar-me como da primeira vez estes sítios agora familiares. Há locais assim de encanto na nossa geografia pessoal...