Ou como -- segundo este arguto texto de Timothy Garton Ash, publicado no Guardian, de Londres -- a aliança de Blair com Bush na guerra do Iraque destruiu o inicial fascínio do centro-esquerda italiano em relação ao líder trabalhista britânico. O Iraque impediu também o devido reconhecimento das apreciáveis realizações do governo trabalhista no plano das políticas sociais e da renovação dos serviços públicos, incluindo o SNS. No entanto, prouvera que os governos socialistas continentais pudessem ombrear com o Labour neste campo!
Em Portugal, onde Blair nunca gozou de grande fortuna, mesmo nos tempos do guterrismo, que foi buscar alguma inspiração a Londres, o tabu em relação a Blair vai ao ponto de, por exempo, a menção do seu nome ser cuidadosamente evitada por José Sócrates na actual campanha para a liderança do PS, apesar de uma inequívoca influência do blairismo em algumas das suas posições.