A partir de hoje, e durante cerca de um mês, dou entrada nos cuidados intensivos deste blogue e projecto de teatro. Igualmente acamados vão o Nuno Costa Santos, Nuno Artur Silva, Pedro Mexia, Susana Romana, Filipe Homem Fonseca e o Tiago Rodrigues - autores dos textos que vão estrear dentro de 3 semanas no Maria Matos, Lisboa.
Uma produção Produções Fictícias e Mundo Perfeito, sob o lema, paradigma, signo e princípio da questão:
"O que é que tens de urgente para me dizer?"
"O espectáculo "Urgências" é composto por sete peças curtas. Estas peças estão a ser construídas em conjunto por autores e actores que agora povoam o Maria Matos. Todos os eles tentando responder à pergunta: "o que é que tens de urgente para me dizer?". Como se alguém se tivesse levantado no meio duma plateia e colocado essa pergunta.
As sete respostas que, a partir de 15 de Outubro, serão mostradas ao público serão esboços. Serão, como todas as coisas que se dizem com urgência, peças vivas e incompletas. Serão, assumidamente, esboços. Se fossem pintura, seria gravuras em vez de óleos, esquiços em vez de pastéis.
Cada peça terá cerca de 15 minutos. Umas mais e outras menos. A média é essa. Não são os 15 minutos de fama, são os 15 minutos de urgência. O tempo disponível para se dizer o que não podia ficar para mais tarde.
Os ensaios começaram na segunda feira passada e têm acontecido a um ritmo bastante acelerado. Não é para menos. Temos um mês para, a partir de uma primeira versão do texto de cada autor, discutir, alterar, imaginar, decorar, ensaiar, montar e levar para palco cada uma das sete urgências. Um mês para ter a certeza de que tentamos dizer o essencial, sabendo que, como sempre, ficará tanto por dizer. Porque é urgente."