segunda-feira, 13 de dezembro de 2004

Oximoro

A notícia de que, em reacção à comunicação do Presidente da República sobre os motivos da dissolução da AR e da convocação de eleições, Santana Lopes encarou a ideia de abandono de funções -- acto inconstitucional de indizível gravidade --, tendo sido preciso refreá-lo nesse intento, mostra que o ainda primeiro-ministro não preenche os requisitos mínimos para um governante, a começar pelo respeito das instituições e a acabar na estabilidade emocional. Ligar a noção de governante a Santana Lopes é uma contradição nos termos.
Se dúvidas restassem sobre as razões presidenciais para a dissolução, esta reacção de Santana Lopes encarregar-se-ia de as dissipar.