«Duas ou três notas, para ponderar:
- Se, em vez de remendos numa linha do Norte sobrecarregada, tivesse sido feito o TGV no início da década de 90, entre Lisboa e Porto, já havia, há muito, alta velocidade ao preço dos remendos que só terminarão no dia de São Nunca, como os técnicos mais informados bem sabiam. Não sou eu o técnico mas o que se tem passado com a «renovação» da linha do Norte era dado como certo por pessoas que já o garantiam, pelo menos, em 1992; ? 400 Milhões depois ainda há quem discuta?
- Nenhum político acredita numa Linha Aveiro-Salamanca e, muito menos, Lisboa ? Algarve ? Sevilha. É música para tolos, que se enganam com bolos e TGV a parar em todos os apeadeiros... (...)
- Ota, não, mas Rio Frio, sim. Se nada se fizer, só quero saber quem vou acusar de homicídio voluntário quando ocorrer um grave acidente em Lisboa. É claro que a Ota não serve, porque não tem capacidade de expansão e porque é estupidamente cara. Como são estupidamente caras as obras de adaptação da Portela, as que vão ser feitas e as que têm sido feitas desde que foi declarada a utilidade pública das expropriações em Rio Frio na década de 70 (já havia aeroporto há muito, por menos do que custaram as obras na Portela). De remendo em remendo gasta-se o dinheiro e qualquer dia não há aeroporto nenhum, porque a Portela fecha por razões de segurança e ambientais...
Pondere e peça para ver os números das obras na Portela, pelo menos desde o início da década de 80, e na linha do Norte, desde o início da de 90 (e também, quanto custavam nessa altura as obras do TGV Lisboa-Porto e do aeroporto em Rio Frio...).»
Manuel Piteira