Houve um jantar em que, a certa altura, os presentes se entretiveram a discutir quem poderia ser meu pai. Com excepção do meu amigo LO, que me levara para conhecer o grupo, faz hoje pouco mais de 2 anos, todos os presentes poderiam - de facto - ser meus pais. Quando me pediram para escolher, respondi com toda a sinceridade que estaria bem servido com qualquer um dos nomes do cabeçalho.
E é verdade. Para um açoriano que há 10 anos desembarcou em Lisboa deixando a família para trás, poucas alturas houve em que me sentisse tão em casa como no seio do Causa Nossa. Destacaria, junto com este colectivo, apenas os meus anos no Cénico de Direito (grupo de teatro da FDL) e o tempo passado na Mínima Ideia, produtora onde conheci o Luís Osório.
Desde o primeiro dia assumi, com naturalidade e alegria, o papel de "mascote" neste grupo. Todos eram referências para mim e, coisa rara, nenhum me defraudou - muito pelo contrário. Os meus pais de brincadeira costumam achar-me um pouco tímido, demasiado calado, quem sabe pouco à vontade de vez em quando. Mas quero apenas dizer, a todos vós - enquanto ergo uma imaginária taça de champanhe para que brindemos juntos - que, dois anos depois, sinto que o vosso filho de brincadeira se não anda ainda, pelo menos já gatinha e, de quando em vez, dá uns passinhos.
Muito obrigado por dois anos de companhia, amizade, risos e lições de vida. Venham mais. LFB
ps1 - desculpem escrever tão pouco nos últimos tempos.
ps2 - e que tal um jantar de Natal daqui a uns 15 dias?