Depois do episódio das torturas na prisão de Abu Graib, era de esperar que a ocupação militar do Iraque não trouxesse a público mais histórias sórdidas de violência gratuita. Porém, é agora indesmentível o massacre de Haditha, em que um grupo de militares norte-americanos matou a sangue frio muitos civis iraquianos indefesos, incluindo mulheres e crianças, em pura retaliação pela morte de um soldado norte-americano. Já que os danos causados à lógica da ocupação são irreversíveis, o mínimo que se pode esperar é a severa punição dos culpados. Como diz um editorial do Guardian, "um crime de guerra é um crime de guerra".
E quantos mais "abu graibs" e "hadithas" serão necessários, para além das dezenas de milhares de outras vítimas, para que os defensores da ocupação reconheçam que ela foi um erro?