O juiz-conselheiro Messias Bento -- por quem tenho grande apreço pessoal e profissional, desde que pertencemos 1ª equipa do Tribunal Constitucional, há mais de 20 anos -- contesta hoje, em carta no Público, a opinião de um juiz desembargador sobre o "perigo" da pertença de juízes à Maçonaria e à Opus Dei .
Não tenho dúvidas em acompanhar o ponto devista de Messias Bento (que, aliás, nunca escondeu a sua filiação na OD). Já tenho menos certezas sobre se a grande solidariedade e envolvimento pessoal que caracteriza aquelas organizações não pode criar conflitos de interesses e de fidelidades, susceptíveis de afectar a independência judicial, os quais poderiam ser acautelados pelo conhecimento público de tais compromissos. O mesmo se pode dizer, de resto, acerca da filiação partidária.