No Congresso do Partido Socialista Europeu, realizado no Porto, foi Ségolène Royale, a candidata do PS francês às eleições presidenciais do ano que vem, que disparou a primeira artilharia pesada contra o Banco Central Europeu, por causa da sua política de subir os juros para travar a inflação. Trata-se de um desporto em que alinham muitos outros atiradores.
Porém, esse exercício faz pouco sentido, por duas razões. Primeiro, o BCE limita-se a exercer o mandato quie lhe foi confiado, por todos os Estados-membros, no seu Estatuto, no sentido de manter a estabilidade dos preços. Segundo, a principal dificuldade da UE não passa pela política monetária do BCE, mas sim pela falta de política económica das instituições comunitárias, a começar pelo Conselho, onde estão representados todos os governos nacionais.