Acusado de conspirar para ajudar à preparação do 11 de Setembro, foi ontem condenado um marroquino residente em Berlim. Num julgamento que obviamente pôde fazer-se segundo os parâmetros e com todas as garantias dum processo criminal num Estado de Direito como é a Alemanha.
Também na Espanha e no Reino Unido estão a ser instruidos ou iniciados processos contra suspeitos de envolvimento no 11 de Março e no 7 de Julho.
O mesmo poderia, certamente, ter já acontecido nos EUA relativamente a suspeitos de envolvimento no 11 de Setembro e não só. E são centenas os presos suspeitos de terrorismo.
Mas a desastrosa Administração Bush perverteu a justiça americana, ao criar as prisões secretas. E e a ostensiva em Guantanamo. E ao recorrer às «rendições extraordinárias" e à tortura que subcontrata a regimes violadores dos direitos humanos como o marroquino, o líbio, o egípcio, etc...
Nos EUA só ainda dois homens foram levados a tribunal por terrorismo desde o 11 de Setembro. E nenhum por acusações relacionadas com o 11 de Setembro: Zacarias Moussaoui e José Padilla.
Em Guantanamo, a prisão ostensiva, estão hoje ainda mais de 500 presos, alguns ali detidos desde Janeiro de 2002. Nem um só ainda foi levado a julgamento. Que mais vergonhoso retrato poderia deixar a "justiça" de Bush?