Catalina Pestana revelou há dias, através do jornal “SOL”, que antes de deixar o cargo de Provedora da Casa Pia, escreveu ao PGR a comunicar que ainda existiriam abusadores sexuais entre o pessoal da Casa Pia e estariam activas as redes exteriores de exploração pedófila de alunos da Casa Pia.
Catalina Pestana foi Directora do Colégio Santa Catarina da Casa Pia durante 12 anos, entre 1975 e 1987. Era Directora do dito Colégio quando pela primeira vez, nos anos 80, surgiram na imprensa (no defunto “Tal e Qual”) e foram denunciados às autoridades de então os indicios de esquemas de exploração sexual de crianças entregues aos cuidados do Estado na Casa Pia. Mas a Directora Catalina então nada via, nada sabia, provavelmente nem sequer lia jornais, tanto a ocupariam as meninas à guarda do seu Colégio: e por isso então nada disse, nada piou, nada investigou, nada denunciou. Nada alarmou, então, a etérea e inocente D. Catalina!
Quando voltou à Casa Pia em 2002, nomeada Provedora pelo Ministro Bagão Félix, de nada ainda D. Catalina suspeitaria. E, decerto, por isso então nada viu, e nada piou logo! Foi preciso a jornalista Felicia Cabrita começar a inquirir, a escarafunchar e a publicar mais denuncias na imprensa, “expertamente” comentadas nas TVs pelo ex-agente da PJ Moita Flores, para de repente se fazer luz na pia Provedora. E a luz aparentemente nunca mais parou de jorrar, alimentada pela projecção mediática do caso. Embora a Provedora só tivesse olhos sobre os “seus meninos”, só entendesse piar sobre "os seus meninos".
Com meninas, nunca pareceu preocupar-se a Senhora Provedora. De meninas da Casa Pia, exploradas, abusadas, desviadas, transviadas, nunca se viu que falasse, cuidasse ou piasse D. Catalina, apesar de durante 12 anos haver sido responsável por um Colégio que as acolhia.
Será que não houve mesmo nunca meninas abusadas e descuradas na Casa Pia? Ou não contam por serem meninas? Ou será que não interessavam e continuarão a não interessar para os efeitos mediáticos e políticos do “Caso Casa Pia”?
Já que as ultimas denúncias da ex-Provedora Catalina Pestana deram – e muito bem - origem a um novo inquérito na PGR;
- já que ainda ninguém percebeu nada, através de uma investigação policial e judicial cheia de erros e grosseiramente manipulada e do julgamento interminável, ainda em curso, sobre quem dos acusados é que estava realmente envolvido nos crimes cometidos contra alunos da Casa Pia;
- já que todos finalmente perceberam - como eu cedo disse, mas então poucos compreenderam – que o objectivo da grotesca inépcia investigativa era manipular a projecção mediática, prestando-se assim a servir agendas pessoais e políticas diversas e realmente a obfuscar e descredibilizar a Justiça, para desviar atenções de criminosos e outros utilizadores das redes implicadas;
- já que a maioria dos portugueses há muito percebeu que interesses pessoais e políticos ignóbeis aproveitaram miseravelmente as perversões investigativas para levar a cabo um verdadeiro golpe contra a democracia, decapitando uma direcção do PS e intimidando altas figuras e instituições do Estado;
- já que o actual PR Cavaco Silva - e muito bem - disse que é indispensável que se leve toda a investigação até ao fim;
- já que até tudo estar realmente esclarecido nos tribunais e nos media, nunca ninguém vai voltar a ter confiança nas Polícias, na Justiça e no Estado;
Então, que tal começar por fazer aquilo que o Governo Durão Barroso disse que não era preciso fazer - investigar quem eram os dois Ministros envolvidos em práticas pedófilas a que aludia um artigo da revista “Le Point” publicado no Verão de 2004, incluindo o que “atacaria” no Parque Eduardo VII sob loira cabeleira postiça, alcunhado de “Catherine Deneuve”?
E porque não se esclarece e apura a relevância do episódio da mala com material encavacante que um Ministro perdeu, nos idos de oitenta (quando as primeiras denúncias surgiram publicamente, recorde-se) e que um funcionário da PJ foi amigamente entregar ao Secretário de Estado do dito Ministro?
Ah, e já agora, e quando é que uma investigação realmente séria começa por apurar as responsabilidades - pelo menos profissionais - de uma tal Dra. Catalina Pestana que dirigiu um Colégio da Casa Pia sem nunca piar e dar por nada, e anos mais tarde voltou Provedora e continuou a nada dar por nada, e a não piar, a anjinha... até que lhe apareceram Santa Felícia e seu sócio, São Moita Flores, a alumiar-lhe o espírito e a apontar-lhe o caminho da cruzada?
Catalina Pestana foi Directora do Colégio Santa Catarina da Casa Pia durante 12 anos, entre 1975 e 1987. Era Directora do dito Colégio quando pela primeira vez, nos anos 80, surgiram na imprensa (no defunto “Tal e Qual”) e foram denunciados às autoridades de então os indicios de esquemas de exploração sexual de crianças entregues aos cuidados do Estado na Casa Pia. Mas a Directora Catalina então nada via, nada sabia, provavelmente nem sequer lia jornais, tanto a ocupariam as meninas à guarda do seu Colégio: e por isso então nada disse, nada piou, nada investigou, nada denunciou. Nada alarmou, então, a etérea e inocente D. Catalina!
Quando voltou à Casa Pia em 2002, nomeada Provedora pelo Ministro Bagão Félix, de nada ainda D. Catalina suspeitaria. E, decerto, por isso então nada viu, e nada piou logo! Foi preciso a jornalista Felicia Cabrita começar a inquirir, a escarafunchar e a publicar mais denuncias na imprensa, “expertamente” comentadas nas TVs pelo ex-agente da PJ Moita Flores, para de repente se fazer luz na pia Provedora. E a luz aparentemente nunca mais parou de jorrar, alimentada pela projecção mediática do caso. Embora a Provedora só tivesse olhos sobre os “seus meninos”, só entendesse piar sobre "os seus meninos".
Com meninas, nunca pareceu preocupar-se a Senhora Provedora. De meninas da Casa Pia, exploradas, abusadas, desviadas, transviadas, nunca se viu que falasse, cuidasse ou piasse D. Catalina, apesar de durante 12 anos haver sido responsável por um Colégio que as acolhia.
Será que não houve mesmo nunca meninas abusadas e descuradas na Casa Pia? Ou não contam por serem meninas? Ou será que não interessavam e continuarão a não interessar para os efeitos mediáticos e políticos do “Caso Casa Pia”?
Já que as ultimas denúncias da ex-Provedora Catalina Pestana deram – e muito bem - origem a um novo inquérito na PGR;
- já que ainda ninguém percebeu nada, através de uma investigação policial e judicial cheia de erros e grosseiramente manipulada e do julgamento interminável, ainda em curso, sobre quem dos acusados é que estava realmente envolvido nos crimes cometidos contra alunos da Casa Pia;
- já que todos finalmente perceberam - como eu cedo disse, mas então poucos compreenderam – que o objectivo da grotesca inépcia investigativa era manipular a projecção mediática, prestando-se assim a servir agendas pessoais e políticas diversas e realmente a obfuscar e descredibilizar a Justiça, para desviar atenções de criminosos e outros utilizadores das redes implicadas;
- já que a maioria dos portugueses há muito percebeu que interesses pessoais e políticos ignóbeis aproveitaram miseravelmente as perversões investigativas para levar a cabo um verdadeiro golpe contra a democracia, decapitando uma direcção do PS e intimidando altas figuras e instituições do Estado;
- já que o actual PR Cavaco Silva - e muito bem - disse que é indispensável que se leve toda a investigação até ao fim;
- já que até tudo estar realmente esclarecido nos tribunais e nos media, nunca ninguém vai voltar a ter confiança nas Polícias, na Justiça e no Estado;
Então, que tal começar por fazer aquilo que o Governo Durão Barroso disse que não era preciso fazer - investigar quem eram os dois Ministros envolvidos em práticas pedófilas a que aludia um artigo da revista “Le Point” publicado no Verão de 2004, incluindo o que “atacaria” no Parque Eduardo VII sob loira cabeleira postiça, alcunhado de “Catherine Deneuve”?
E porque não se esclarece e apura a relevância do episódio da mala com material encavacante que um Ministro perdeu, nos idos de oitenta (quando as primeiras denúncias surgiram publicamente, recorde-se) e que um funcionário da PJ foi amigamente entregar ao Secretário de Estado do dito Ministro?
Ah, e já agora, e quando é que uma investigação realmente séria começa por apurar as responsabilidades - pelo menos profissionais - de uma tal Dra. Catalina Pestana que dirigiu um Colégio da Casa Pia sem nunca piar e dar por nada, e anos mais tarde voltou Provedora e continuou a nada dar por nada, e a não piar, a anjinha... até que lhe apareceram Santa Felícia e seu sócio, São Moita Flores, a alumiar-lhe o espírito e a apontar-lhe o caminho da cruzada?