E o que penso é que Portugal já devia ter reconhecido a independência do Kosovo no final da nossa última presidência da UE, quando o grosso dos outros países europeus reconheceu.
Porque a independência do Kosovo era, face à comunidade internacional, inevitável (mais, atrevo-me a dizer, do que a de Timor Leste) e irreversível: é um “fact of life”, goste-se ou não, concorde-se ou não..
E mais: é-o por responsabilidade da Europa, por acção e omissão.
Por mais que uns tantos insistam em culpar os americanos - as responsabilidades dos EUA ficam com eles e ninguém as pode negar.
Mas quem mandou os europeus alinhar com os EUA acriticamente, ainda por cima num território claramente europeu, aceitando até responsabilidades na UNMIK (a reconstrução e viabilização económica do território) que não foram minimamente cumpridas (e por isso o Kosovo vive hoje da economia paralela e da criminalidade organizada)?