O juiz Baltasar Garzón pode não ter razão na sua quixotesca tentativa de, passados trinta anos, incriminar postumamente o franquismo, por "crimes contra a Humanidade" (o que permitiria superar o obstáculo da amnistia de 1977, votada pelas forças democráticas em plena transição democrática espanhola, como preço pago à direita pela "transição pactuada").
Mas a raivosa reacção da direita espanhola, repetindo a que moveu contra a "Lei da memória histórica", revela mais uma vez a sua nunca desmentida reverência perante o franquismo. Há compromissos ideológicos que nem a conversão democrática apaga...