Ainda há poucos meses, conspícuos comentadores da Direita previam que o desfecho das eleições de 2009 dependeria do evoluir da crise financeira e que as chances de vitória do PSD dependiam do seu agravamento, o que até parecia ter lógica. Agora que as previsões eleitorais do PSD se afundam tanto como a economia, os mesmos comentadores entendem que a culpa é... da crise!
O que não explicam é por que é que Sócrates e o PS não são penalizados pela crise, ao contrário do que antecipavam, e o PSD é. A razão é simples, como várias vezes aqui se explicou. Perante uma crise de origem externa, os eleitores confiam em quem dá mostras de poder conduzir o País com mão firme no meio da tempestade e não em quem o faria naufragar no primeiro escolho.
Enquanto o PSD mantiver esta liderança e esta linha de oposição desgarrada e puramente destrutiva, a crise económica é também a sua crise política.