Após o sucesso da cimeira europeia de ontem, o Governo anunciou para hoje mesmo a aprovação de um plano integrado de resposta à crise económica. Depois de assegurar a estabilidade do sistema financeiro, importa agora atacar os factores da crise económica (ou seja, a queda no investimento) e as suas principais consequências (ou seja, o desemprego).
Na falta de investimento privado, a resposta é a dinamização e antecipação de projectos públicos e as parcerias público-privadas, sobretudo em investimentos de mão-de-obra intensiva e de efeito multiplicador (nomeadamente as obras públicas). A resposta à inevitável subida do desemprego é o reforço dos programas de formação profissional e aumento dos apoios públicos às pessoas socialmente mais vulneráveis.
Além do decréscimo das receitas públicas, pela diminuição da cobrança fiscal, a crise traz consigo o aumento da despesa pública, pelo aumento do investimento público e das despesas sociais. Mas a consequente subida do défice orçamental não pode secundarizar a importância da disciplina orçamental. O País não pode permitir-se um regresso ao ciclo infernal dos défices excessivos e do aumento incontrolado do endividamento público!