A provar-se a verdadeira "fraude organizada" que aparentemente era o BPN, o Banco de Portugal pode não sair incólume da acusação de não ter feito tudo o que devia em matéria de supervisão.
Todavia, o que não pode consentir-se é que as prováveis "falhas de regulação" sirvam para ilibar as falcatruas dos dirigentes do banco, nesta altura evidentes, muito menos para inibir o poder sancionatório do regulador. O caso torna-se intolerável, quando esse "argumento" é utilizado pelos próprios prevaricadores, alegando que a supervisão devia ter suspeitado das suas vigarices.
Um dias destes ainda veremos um ladrão alegar a sua inocência num assalto que praticou, invocando que o guarda da casa não deu pela sua entrada. Haja decência!