A dos deputados à AR, por terem obrigado Fernando Nobre a retirar a candidatura à presidência, depois de duas votações.
Por terem expresso um julgamento democrático perfeitamente legitimo e pertinente sobre o personagem e as suas qualificações para presidir à AR.
Sem por em causa as "convenções constitucionais" que o Vital e o António Costa valorizaram excessivamente, a meu ver.
Porque ninguém contesta que caiba ao PSD, como partido mais votado nas eleições, indicar quem vai presidir à AR: certamente vai ser um deputado social-democrata a presidir à AR.
Tal como ninguém pode contestar que é direito/dever dos deputados eleger quem entendam ter autoridade política e competência para exercer o cargo.
A derrota não é só de Nobre. É tambem e sobretudo de Passos Coelho. Talvez lhe aproveite, se concluir que o oportunismo não compensa. Até porque quanto a Fernando Nobre a procissão ainda pode só ir no adro...
A AR começou bem, a mostrar que não está mais prisioneira das imposições do líder do maior partido/chefe do governo.
Muito por acção dos deputados do PS, que voltaram a decidir pelas suas cabeças. O que é essencial para serem credíveis como socialistas. Ou mesmo para serem socialistas.