quinta-feira, 14 de julho de 2011

Silêncio comprometedor

Ultrapassando-se a si mesmo no despautério, o presidente do Governo regional da Madeira resolveu proibir qualquer contacto de qualquer órgão ou serviço regional com a Comissão Nacional de Eleições, em visita à Madeira, em vista das próximas eleições regionais.
Trata-se de um acto intolerável de provocação política e institucional, que não pode passar politicamente impune. O Presidente da República, por vezes tão loquaz em matérias alheias às suas funções constitucionais, não pode permanecer silencioso perante esta ofensa qualificada às instituições da República, cuja dignidade não pode deixar enxovalhar.

Aditamento
Vejo que o diktat de Jardim se estende ao Diário da Madeira, com grave violação da liberdade de informação e da liberdade de imprensa, o que constitui infracção criminal, incluindo "crime de responsabilidade", por se tratar de um titular de cargo político. Espero que a omissão por conveniência política não se estenda ao Ministério Público...