sábado, 27 de agosto de 2011

Hazare na Índia - não é azar, é sorte!


Anna Hazare vai no 12º dia de greve da fome para obrigar o Parlamento e Governo indianos a adoptarem leis e mecanismos eficazes contra a corrupção. Bate-se em particular por que os juízes das mais altas instâncias não fiquem excluídos de escrutíneo. No país dos intocáveis, há políticos que não querem beliscar ... os juízes, para que continuem a fazer vista grossa às práticas corruptas entranhadas.
Milhares de indianos, porém, não arredam pé no apoio ao determinado Anna Hazare, que se vale do exemplo de resistência do Mahatma Ghandi para não desarmar no propósito de condicionar Parlamento e Governo indianos.
A luta de Anna Hazare e dos milhões de indianos que estão com ele, mobilizados contra a corrupção, já era importante só por ter lugar na India, a maior democracia do mundo, hoje com mais de 1.21 mil milhões de cidadãos e, tudo indica, dentro de alguns anos, o país mais populoso da Terra. Mas é, de facto, uma luta fundamental para toda a humanidade - porque foi esta desregulação neo-liberal do sistema capitalista, subjacente à crise económica que vivemos na Europa e nos EUA, que esfrangalhou a ética política e disseminou a corrupção, na India e globalmente.
O combate de Anna Hazare não é só indiano. É nosso, é por nós também. Merece mais atenção e mobilização de todos nós, na Europa e em Portugal particularmente.
Hazare não é azar, é sorte!