O duro artigo do ministro das Finanças alemão, Schaeuble, ontem no Financial Times, mostra claramente que a hostilidade dos eleitores alemães - traduzida nas derrotas eleitorais do governo -- às medidas de resgate dos países mais endividados, patrocinadas e em grande parte financiadas pela Alemanha, obriga os responsáveis alemães a ser cada vez mais inflexíveis na sua posição em favor de duros programas de austeridade e disciplina orçamental como condição de acesso à ajuda financeira da UE e da sua manutenção e renovação.
Como é sabido, esta posição é compartilhada por muitos outros países da zona Euro, ou seja os "pagadores", com alguns deles, como a Holanda e a Finlândia, a serem ainda "mais papistas que o papa".
Não deveria haver ilusões sobre isso, nem sobre o que isso significa para nós em matéria de austeridade e de disciplina orçamental, se queremos continuar a honrar os nossos compromissos financeiros e a permanecer na zona euro...