"Turismo eleitoral" deixou cair desdenhosamente o inchado caudillo do Consejo Supremo Electoral, quando nos reunimos com ele e "sus muchachos" na véspera das eleições.
Roberto Rivas, de sua balofa graça. Sim, o mesmo que os nicaraguenses dizem à boca pequena ser filho do Cardeal Obando - o tal que antes era da banda dos Contras e hoje diz missas, televisionadas repetidamente na véspera das eleições, pedindo a continuação no poder do "cristianíssimo" casal Ortega.
O desdenho de Rivas vinha a propósito do que traria parlamentares europeus a mostrar tanto interesse nas eleições na Nicarágua
E em reacção à nossa insistente preocupação com o facto de só nesse mesmo dia estarem a ser entregues aos partidos da oposição cartões de acreditação para os seus "fiscales" nas mesas de voto e por não terem sido acreditados observadores das ONGS nacionais mais reputadas e experientes em observação eleitoral por toda a América Latina, como " Ética e Transparência", "Hagamos Democracia" ou IPADE.
Irritou-o que tivéssemos contestado a sua explicação de que essas ONG "eram muito críticas, estavam já a desqualificar o processo eleitoral".
Como se fosse ultrapassável em poder desqualificador a circunstância da candidatura de Daniel Ortega ser inconstitucional e do Consejo ser ostensivamente partidário.