Eduardo Catroga disse ao "Expresso" dnão saber como Celeste Cardona foi parar à lista do Conselho de Supervisão da EDP.
Mas não é difícil entender.
Cabe recordar o que em 7/9/2002 escrevia, em artigo de opinião no mesmíssimo "Expresso", o saudoso professor e fiscalista Saldanha Sanches (que falta cá fazes, Zé Luis!):
"(...) não foi para isso que o líder do PP colocou Celeste Cardona na pasta da Justiça. E que foi apenas a sua absoluta dedicação a este partido que a levou a aceitar uma pasta tão difícil e para a qual se não sentia preparada. Era preciso limitar os danos que o caso Moderna podia provocar a Paulo Portas e por isso Celeste Cardona aceitou nobremente esta missão de sacrifício. E os sacrifícios têm limites".
Mais tarde a imprensa publicaria gravações de conversas entre Paulo Portas e Abel Pinheiro, extraídas das investigações judiciais ao "caso Portucale", confirmando a dedicação de Celeste Cardona a PP.
Os sacrifícios terão limites. A recompensa, não.