Sou de opinião que o PS devia "ir a jogo" na questão da reforma do Estado e integrar a comissão criada para o efeito, sem precondições, mas para "virar o jogo" em seu favor.
Em primeiro lugar, como partido institucional que é, o PS não deve marcar falta, mesmo discordando dos propósitos do Governo. Depois, o PS deve ser aguerrido na sua razão, mas não deve furtar-se a demonstrá-la. Terceiro, e sobretudo, o PS pode negociar um corte transitório na despesa pública, enquanto durar a consolidação orçamental, a troco de um compromisso formal do PSD sobre a continuidade do Estado social a médio prazo. Isso mesmo, penso que as condições estão criadas para desafiar o PSD para um pacto de regime sobre o Estado social para além da crise.
Decididamente, há ocasiões em que a melhor defesa é o ataque.