O que se passa no círculo do Governo e dos partidos de governo em Portugal é demasiado mau para ser verdade. Visto de fora ninguém acredita. E é de facto uma estória improvável.
Primeiro episódio: Ontem o lider do "partido júnior" da coligação governamental, sem nada o prever, anunciou a sua decisão "irrevogavel" de deixar o governo, o que obvimente só podia ser lido como uma rotura da coligação e a consequente queda do Governo. Segundo episódio: o primeiro-ministro recusa a demissão de Portas, como se fosse possível obrigar um ministro a permanecer e a manter a coligação contra sua vontade. Terceiro episódio: o CDS, afinal, anuncia hoje que está disponível para discutir a susutentabilidade da coligação!
É evidente que a moribunda coligação pode ser renegociada e renovada, e mesmo relegitimada por um voto de confiança no Parlamento. Mas pergunta-se: O CDS vai afinal aceitar a nova ministra das Finanças, ou Passos Coelho vai aceitar sacrificá-la ao caprichismo de Paulo Portas? Portas recua na sua decisão de demissão e volta ao Governo, ou vai querer ficar de fora, sem se comprometer? Coelho vai permitir que Portas fique de fora, a conspirar contra o Governo e pronto a tirar-lhe de novo o tapete na próxima oportunidade? A renegociação da coligação vai incluir a renegociação com a troika? E está esta disponível?
Mas mesmo que o Goveno venha a continuar, eventualmente recauchutado, que confiança mútua pode permanecer entre os parceiros da coligação e que credibilidade ou autoridade política pode restar ao Governo depois dos lamentáveis quiproquós de ontem e de hoje?
Primeiro episódio: Ontem o lider do "partido júnior" da coligação governamental, sem nada o prever, anunciou a sua decisão "irrevogavel" de deixar o governo, o que obvimente só podia ser lido como uma rotura da coligação e a consequente queda do Governo. Segundo episódio: o primeiro-ministro recusa a demissão de Portas, como se fosse possível obrigar um ministro a permanecer e a manter a coligação contra sua vontade. Terceiro episódio: o CDS, afinal, anuncia hoje que está disponível para discutir a susutentabilidade da coligação!
É evidente que a moribunda coligação pode ser renegociada e renovada, e mesmo relegitimada por um voto de confiança no Parlamento. Mas pergunta-se: O CDS vai afinal aceitar a nova ministra das Finanças, ou Passos Coelho vai aceitar sacrificá-la ao caprichismo de Paulo Portas? Portas recua na sua decisão de demissão e volta ao Governo, ou vai querer ficar de fora, sem se comprometer? Coelho vai permitir que Portas fique de fora, a conspirar contra o Governo e pronto a tirar-lhe de novo o tapete na próxima oportunidade? A renegociação da coligação vai incluir a renegociação com a troika? E está esta disponível?
Mas mesmo que o Goveno venha a continuar, eventualmente recauchutado, que confiança mútua pode permanecer entre os parceiros da coligação e que credibilidade ou autoridade política pode restar ao Governo depois dos lamentáveis quiproquós de ontem e de hoje?