A frustrante vitória eleitoral do PS nas eleições europeias em Portugal não pode ser desligada do desaire dos partidos de centro-esquerda ao nível global da UE (onde, aliás, o PS fez um dos melhores resultados...).
Não foi somente a vitória do PPE, apesar de perda de posições; foi também o facto de o PSE nem sequer ter conseguido manter os resultados de há cinco anos. O PSE só ganhou as eleições nacionais num escasso número de países, não se contando entre esses nenhum dos grandes (salvo a Itália).
O resultado é especialmente decepcionante tendo em conta os efeitos nefastos da crise económica e da sua condução pela maioria de direita que dominou as instituições europeias na legislatura que agora termina. Nem a crise social prevalecente favoreceu a esquerda moderada europeia.
Nem se diga que foi por falta de determinação na luta contra a austeridade: que o digam o PSOE em Espanha ou o Labour no Reino Unido. Nem por falta de esquerdismo qb: que o diga o PS francês.
A duradoura low web da social-democracia europeia, que mais esta derrota eleitoral confirma, é mais complexa e mais funda do que isso...