Não foi a candidatura de Costa à liderança que abriu
divisões no PS. Ela limitou-se a revelar
a divisão preexistente, provocada pela incapacidade
da direção para mobilizar e unir o partido. Uma direção que conseguiu colocar contra si a
maior parte dos fundadores do partido, dos anteriores secretários-gerais, da
maioria dos presidentes de comissões concelhias, da maior parte dos presidentes
de CM socialistas e da maior parte das federações distritais não tem
nenhuma autoridade para acusar outros de divisionismo.
Se a liderança de Seguro não consegue unir e mobilizar
o Partido, menos ainda consegue mobilizar o eleitorado tradicional do PS, à
esquerda e ao centro.