Os nossos mais-syrisistas-do-que-o-Syriza, que ainda há duas semanas celebravam a rotura anunciada e o início da revolução libertadora em Atenas, viraram syrizistas revisionistas e estão agora afadigados na justificação do abandono de todas as grandes proclamações sobre a recusa da dívida, do resgate, da austeridade orçamental, das privatizações e de todos os males da troika.
Saúda-se o pragmatismo e a flexibilidade, que todavia têm um senão: é que doravante os syrizistas perdem qualquer legitimidade ou autoridade para acusar algum governo, passado ou futuro, de "trair" ou "esquecer" os seus compromisso eleitorais ou de ter enganado os eleitores com promessas fantasiosas que sabiam não poder cumprir. Serão imediata e justamente confrontados com um sonoro: "e o governo Syriza!?"