O Primeiro-Ministro precipitou-se ao anunciar a sua decisão de reconduzir Carlos Costa como governador do Banco de Portugal. Não por causa do nome escolhido (que também considero a melhor opção depois da provação do caso BES) mas sim porque não deveria haver tal anúncio sem informar primeiro o líder da oposição (como mandam as boas regras democráticas) e porque a nomeação só pode ser efetuada depois de o indigitado ter passado pela audição parlamentar recentemente decidida pelo Parlamento sob proposta do PS.
Numa democracia madura o respeito pelos procedimentos conta. Desconsiderar ostensivamente a oposição e o Parlamento não revela um elevado sentido democrático.