Marcelo Rebelo de Sousa fez o que tinha de fazer para ganhar as eleições, ou seja, despartidarizar a sua candidatura e jogar tudo ao centro, pois os votos da direita toda (39% em outubro passado) não lhe asseguravam nenhuma vitória.
O PS seguiu o caminho contrário, investindo todas as fichas numa candidatura assumidamente inclinada à esquerda (a fazer lembrar a de Maria de Lurdes Pintasilgo há trinta anos), que em vez de disputar o voto do centro procurou rivalizar com o BE no apelo ao voto da esquerda. Parece óbvio que MRS ganhou as eleições com a contribuição de votos de centro-esquerda que há três meses votaram no PS.
Quanto a esquerda aliena o centro, perde.