Como confirmou da pior forma a crise financeira de 2008, com efeitos que ainda se não extinguiram, a estabilidade do sistema financeiro é um bem público inestimável, que o mercado só por si não garante - por isso é uma "falha de mercado" - e cuja defesa não é tarefa exclusiva da regulação e da supervisão financeira independente mas também dos governos e das políticas financeiras.
António Costa fez bem em sublinhar esse ponto em resposta à leviana crítica de Passo Coelho contra uma suposta ingerência do primeiro-ministro no funcionamento do setor bancário. Há setores da economia onde o "mão invisível" do mercado é ociosa.