Segundo Pacheco Pereira, convidado no Congresso, não há condições de realização de políticas de esquerda enquanto se mantiver em vigor o Tratado Orçamental, que veio apertar os critérios da disciplina orçamental e de controlo do endividamento público na zona euro. Rezam as crónicas que foi muito aplaudido quando defendeu que o PS devia "rasgar" tal tratado.
O problema é que o respeito do Tratado Orçamental não pode ser considerado nem esquerda nem de direita, sendo condição de manutenção da moeda comum. De resto, a meu ver, o maior ultraje que se pode fazer às políticas de esquerda é aceitar que elas só são financiáveis através do défice e da dívida.