Descontadas as importações e exportações de produtos petrolíferos, dada a volatilidade do respetivo volume e preços, os dados do comércio externo de mercadorias do INE referentes a maio mostram um crescimento bem maior das importações (+ 6,8%) do que das exportações (+2,2%), agravando o tradicional défice da balança comercial de mercadorias relativamente ao período homólogo de 2015.
Sem surpresa, dado o aumento do rendimento disponível e do recurso ao crédito, entre os itens que pesam especialmente no crescimento das importações estão os automóveis e os bens de consumo, sem menção dos bens de equipamentos e de matérias primas, o que só pode ser explicado por uma quebra no investimento, que os números conhecidos relativos à atividade económica indiciam.
Não se trata de boas notícias.